O atual cenário econômico favorável ao consumo, aliado à falta de planejamento, contribuíram para o leve crescimento do endividamento do consumidor, que em novembro fechou em alta de 0,58% ante o mesmo período do ano passado, de acordo com o índice SPC Brasil, Serviço de Proteção ao Crédito. Dados do Banco Central apontam que os empréstimos às pessoas físicas em outubro alcançaram R$ 563,4 milhões, crescimento de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. “Com crédito fácil e taxa básica de juros operando no mínimo recorde de 7,25% ao ano, temos um ambiente mais que propício para as compras a prazo. No entanto, o consumo exagerado, combinado com a falta de planejamento têm levado as famílias a se endividar”, explica a economista do SPC Brasil Ana Paula Bastos.
Já na comparação com outubro de 2011, o índice de endividamento apresentou retração de 0,51%. O resultado reflete a preocupação do consumidor em quitar dívidas, sobretudo após o recebimento da primeira parcela do 13º salário. “Neste momento o brasileiro quer limpar o nome e honrar os compromissos assumidos. Não é à toa que apostamos em um crescimento modesto de 4% nas vendas de Natal e em um tíquete médio de R$ 83, quando tivemos um de R$ 100 no ano passado”, analisa Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).