Trabalhar em uma empresa de cobrança exige muitos resultados dos colaboradores. Eles precisam recuperar o crédito, sem serem agressivos. Portanto, em um ambiente de trabalho como esse, estar engajado é essencial. De acordo com Eduardo Ferraz, consultor, o funcionário tem que ser extremamente resiliente já que esse é um trabalho “espinhoso” em que, diariamente, é preciso lidar com pessoas que estão passando por dificuldades financeiras. “Se o colaborador não for muito determinado, engajado, e comprometido com a empresa, na quarta, quinta ou sexta vez que ela recebe uma rejeição ou atrapalha no processo da cobrança por agir de maneira agressiva, a pessoa desiste de acertar sua dívida. Então é uma profissão que pede um engajamento acima da média”, afirma.
Ainda segundo Ferraz, “contra fato não há argumento”, por isso, para avaliar se um colaborador é engajado com a empresa, é preciso medir resultados. “Engajamento não se mede com quantos clientes o colaborador atendeu, se o cliente está feliz ou com o esforço que ele faz. o que realmente mede o engajamento e determinação, são os resultados que ele tem”, comenta. E quando um funcionário não demonstra engajamento, a solução, de acordo com o consultor, é alertar e explicar a importância dele estar envolvido com a empresa. “É preciso ficar claro que esse tipo de trabalho é difícil. As empresas de cobrança são fundamentais no mercado e precisam contratar pessoas com modelos de personalidade específicos para esse trabalho”, explica.
Para Ferraz, o que mais motiva qualquer ser humano é o exemplo, por isso, o papel do líder torna-se essencial no engajamento do colaborador dentro da empresa. “Se o líder diz que o colaborador tem que ser determinado, paciente, perseverante e ele é impaciente, intolerante e não ter perseverança nenhuma, ela está dando um sinal trocado. Logo, não existe melhor maneira de engajar alguém dando o exemplo”, diz.
