Esse ainda dá para pagar?

Apesar de já existir há mais de 50 anos, o consórcio vem nos últimos anos se destacando como um forte concorrente do financiamento, principalmente na atual conjuntura econômica, por oferecer melhores condições de pagamento aos clientes – como isenção de juros, taxas mais baratas, maior número de parcelas e diversas modalidades para uso da carta de crédito. Além do fator financeiro, outro diferencial que pesa bastante na hora da escolha é a área de abrangência que ele cobre, que vai do tradicional (imóvel e veículo) até faculdade, saúde e bem-estar, eletro e eletrônicos. Isso faz com que ele seja responsável pela movimentação de cerca de R$ 80 bilhões de negócios. “Com a economia instável e a elevação da Selic a 12,75%, os juros estão cada vez mais altos e mais restritos. Assim, há uma maior exigência para a liberação de crédito no mercado, de modo que o consórcio se posiciona como a forma de economia mais próxima do ideal, porque funciona como uma poupança programada para os clientes”, explica Rafael Boldo, gerente de consórcio da Porto Seguro.
Aliás, consumo consciente e planejamento são palavras-chave tanto do consumidor atual, que possui mais acesso a informação e já vai preparado para a compra, quanto do consorciado, pois ele poupa seu dinheiro já com um objetivo definido. Para Edna Honorato, diretora do Consórcio Luiza, a característica comum dos consorciados é o ato de poupar, já que os clientes são de todas as classes sociais e buscam todos os tipos de fins – inclusive investidores que desejam ampliar seu patrimônio em determinado período de tempo.
Claro que, como todo negócio, é primordial fazer o cliente se sentir exclusivo e manter um elo de comunicação além do tradicional (como redes sociais, por exemplo), a fim de atendê-lo a qualquer tempo, independente do local e formato. “O principal desafio é entender necessidade e expectativa do cliente, para que ele tenha o que deseja, é fundamental informar sobre as particularidades dos segmentos, falar da compra planejada, das opções de lance, do que pode ser feito com a sua carta de crédito”, pontua Rogério Pereira Dutra, diretor comercial da Embracon.
Assim, o contato direto com o cliente, permitindo conhecer melhor o perfil do consorciado, além da flexibilidade na contratação do serviço e maior número de parcelas também fazem com que a inadimplência não seja um grande problema no setor. Alexandre Luis dos Santos, diretor presidente da BB Consórcios, explica que existem duas fases da inadimplência e como ambas contribuem para que o setor não sofra: “Na primeira, o cliente é apenas poupador, ou seja, não é passível de inadimplir perante o grupo. Já a segunda é marcada pela sua contemplação e aquisição do bem, no entanto existem mecanismos que mitigam essa exposição, a exemplo do seguro quebra de garantia.” Por isso, Adriana Cássia Zandoná França, gerente de desenvolvimento de negócios do Sicredi, diz que somente após entender o perfil do consorciado é que a equipe oferece a solução financeira mais adequada.
Com tantos pontos positivos, fica difícil manter os pés no chão quanto a possibilidade de continuar usufruindo do poder de consumo de uma forma segura. Mas Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios), é realista – sem perder o otimismo. “Resumindo, o cenário, nada animador, tem provocado reavaliação permanente do mercado por parte das administradoras de consórcios na intenção de minimizar retração nos negócios consorciais. a confiança na retomada sempre existe, especialmente quando nos lembramos que os consórcios existem há mais de 50 anos e vários outros planos econômicos foram vivenciados e ultrapassados”, conclui.
Qual a vantagem do consórcio na atual situação econômica? Deixe a sua opinião na enquete do Portal Crédito e Cobrança.

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