O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor ficou praticamente estável em agosto com relação a julho, registrando ligeira oscilação de -0,2%. Já na variação anual – agosto de 2014 contra o mesmo mês de 2013 -, o indicador apontou crescimento de 17,2%. No período de janeiro a agosto de 2014, a inadimplência acumulou elevação de 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo os economistas da Serasa Experian, agosto teve dois úteis a menos que julho (21 contra 23), o que fez reduzir os volumes de registros de inadimplência dos protestos e cheques sem fundos, impactando o resultado final da variação mensal. Todavia, a alta anual de 17,2% da inadimplência, a maior desde junho/12 reflete o cenário conjuntural mais adverso neste ano no tocante à capacidade de pagamento de dívidas por parte dos consumidores: inflação mais alta, juros elevados e enfraquecimento do mercado de trabalho.
Na decomposição do indicador, as dívidas com os bancos, os títulos protestados e os cheques sem fundos puxaram a queda do índice, com variações negativas de 0,8%, 18,8% e 12,7% e contribuições negativas de 0,4 p.p., 0,3 p.p. e 0,9 p.p., respectivamente. Já a inadimplência não bancária teve alta de 2,9% e acabou contribuindo com 1,3 p.p., quase que compensando integralmente as quedas dos outros três primeiros componentes citados.
O valor médio da inadimplência com os bancos apresentou queda de 6,0% nos primeiros oito meses de 2014 na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já as dívidas não bancárias, os cheques sem fundos e os títulos protestados tiveram alta de 13,0%, 5,0% e 3,3%, respectivamente.