Meu nome, meu patrimônio

Qualquer pessoa pode vir a enfrentar problemas financeiros, em algum momento da vida. A corda no pescoço aperta, e as dívidas aparecem. No entanto, problemas na justiça por causa desses débitos em atraso, nenhum consumidor quer enfrentar. E é aí que o protesto dos títulos entra como ferramenta na recuperação de crédito. Segundo Reginaldo Diniz, diretor de operações da Paschoalotto, à medida que citações ou intimações carregam uma carga de maior importância e relevância, as pessoas não querem ter assuntos especificamente jurídicos a tratar. “No Brasil, o maior patrimônio do cidadão na figura de consumidor é o seu nome. Os devedores tendem a negociar para que possam, não só resolver a situação, mas o que chamamos comumente de regularizar o seu ´nome´”, comenta.
Para Fernando Nascimento, gestor jurídico da Paschoalotto, além de querer evitar o famoso ´nome sujo´, as implicações que vem com o nome protestado, também incentivam o consumidor a acertar suas dívidas. “O protesto constará em consultas realizadas pelos órgãos de proteção ao crédito, fazendo com que o devedor seja compelido a regularizar a pendência financeira negociando a divida para recuperação do credito”, diz.
Durante este tipo de processo, segundo Fábio Sayão, gerente jurídico da Paschoalotto, há sempre uma situação de desconforto por parte do devedor. No entanto, é algo de praxe que ocorre em cobrança, já que é uma das exigências de todas as contratantes. “Invariavelmente ocorrerá algum tipo de desgaste momentâneo, mas o mesmo devedor também sabe que é um instrumento de exercício do direito do credor na intenção de buscar a recuperação do crédito”, explica. 
Além disso, de acordo com Andrea Flores, gerente de operações da Paschoalotto, a ação de protesto de uma dívida não compromete o relacionamento com o cliente, pois é de senso comum que é um instrumento para que o credor possa acionar o devedor como uma das etapas de negociação e recuperação do crédito. “O protesto é uma ação com respaldo legal que só é utilizada a medida que todas as outras tentativas de acordo na esfera amigável não obtiveram êxito”, ressalta.

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