“O mobile é com certeza uma tecnologia que veio para substituir os PCs tradicionais e a forma como as pessoas utilizam os meios financeiros hoje”, é o que afirma Pedro Henrique Arruda, gerente de projetos da Accesstage, fornecedora de serviços de Electronic Data Interchange, EDI. De acordo com Arruda, os celulares em um futuro próximo, serão responsáveis pela grande maioria das transações financeiras realizadas no mundo.
Para o mercado, os reflexos da mobilidade combinada com a acessibilidade permitida pelos smartphones são o maior controle das transações e a redução da inadimplência, segundo ele. “A inadimplência diminui à medida que os clientes têm acesso a um maior número de ferramentas a qualquer hora em qualquer lugar. Estamos falando de um público que às vezes até tem o dinheiro para pagar, mas trabalha durante muitas horas úteis do dia e por esse motivo não tem tempo de ir ao banco”, exemplifica Arruda.
Para o executivo, o grande entrave que o País enfrenta contra a disseminação do mobile, é o alto preço dos aparelhos compatíveis, muitas das vezes impulsionado pelos altos impostos e taxas de compra e venda. “A gente tem que retardar a disponibilização da tecnologia por conta da incompatibilidade dos aparelhos. Aos que são compatíveis se aplicam valores exorbitantes e por isso, a posse se restringem à uma pequena parcela da sociedade”, frisa.
De acordo com o gerente, cada vez mais as pessoas realizarão compras e pagamentos por meio do celular. A nova geração, que começa a adentrar ao mercado de consumo, tem um perfil completamente digital, segundo ele. “Essa geração não aceita mais perder tempo com idas físicas aos bancos e pontos de vendas. Antes quer estar conectado em suas redes sociais, fazer comprar e pagar contas, tudo em um único lugar e ao mesmo tempo. Esta é uma convergência que não tem volta”, aponta e finaliza o especialista.