Dos consumidores brasileiros, 27,6% possuem atualmente algum tipo de financiamento e a principal finalidade para desse tipo de crédito é a aquisição da casa própria (41,1%) e a compra de um automóvel (36,5%). Outros motivos ainda mencionados são a compra de motocicletas (8,3%), a reforma da casa (7,4%) e a compra de móveis (5,8%). Esses são dados de uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) nos 26 Estados e no Distrito Federal. De acordo com o levantamento, sete em cada dez (71,0%) consumidores que tem financiamento atualmente recorreram a ele para realizar um sonho de consumo. Mas quase a metade (45,6%), nem sabe ao certo o número de parcelas que terá de pagar até terminar de quitar a dívida.
Outra constatação é que muitos consumidores não tomaram cuidado antes de assumir um financiamento. Dois em cada dez (19,1%) que têm esse serviço financeiro admitiram não ter analisado as tarifas e juros cobrados, sobretudo as pessoas da classe C (22,1%). De acordo com o levantamento, 17% dos consumidores que estão pagando um financiamento já tiveram o nome incluído em instituições de proteção ao crédito em razão de atrasos das prestações, sendo que 7,5% ainda se encontram nesta situação.
As instituições consideradas mais confiáveis para contratar um financiamento são os bancos (69,1%) – bem à frente das financeiras (7,9%). Entretanto, 54,3% dos entrevistados consideram altos ou abusivos os juros cobrados nesse tipo de operação. Para o educador financeiro do portal “Meu Bolso Feliz”, José Vignoli, “o consumidor que recorre ao financiamento precisa pesquisar bastante e analisar com atenção as condições oferecidas e as taxas de juros para garantir que a prestação seja condizente com o seu perfil financeiro. Muitas vezes ele não precisa buscar um financiamento para comprar um bem. Nesses casos, o indicado é poupar por um tempo e comprar à vista.”