Recurso verde

A situação macroeconômica do País não poupou ninguém dos seus reajustes. Nisto, alguns setores saíram mais prejudicados que outros. Um deles é o segmento de crédito rural, que sofreu elevação de taxa de juros de 6,5% para 9%, parece que vai ter um ano difícil pela frente, correndo o risco de já prejudicar 2016 – visto que o ano safra começa em julho. Entretanto, o real impacto só poderá ser mensurado quando as novas regras do Plano Safra 2015/2016 forem divulgadas. A princípio, a perspectiva é de que o setor receba a mesma quantidade de recursos que a safra vigente, em razão do baixo crescimento das principais fontes de recursos direcionadas ao crédito rural.
“O principal desafio do crédito rural é buscar novos mecanismos/fontes de financiamento para que o agronegócio possa continuar crescendo e impulsionando a economia do país”, apresenta Antônio Sidnei Senger, superintendente de crédito rural do banco cooperativo Sicredi. Observando os últimos anos, onde o crédito rural teve um crescimento estável e significativo, talvez a preocupação não precise ser tão grande quanto a dos outros setores.
Um dos principais motivos é o fato da inadimplência desta modalidade de crédito ser muito baixa – já que todos os produtores buscam honrar seus compromissos para garantir o crédito do ano que vem – e, quando acontece, de fácil renegociação. Portanto, a tendência, a curto prazo, é de que a inadimplência se mantenha nos mesmos patamares. “As cooperativas de crédito têm, por princípio, o objetivo de oferecer soluções financeiras adequadas às necessidades e às condições de seus associados. O apoio aos associados na identificação das melhores escolhas para os seus objetivos se reflete no controle da inadimplência”, conclui Senger. 

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