O ano de 2016 acabou de começar, mas, especialistas já afirmam que ele deve seguir a tendência de recessão presente no país em 2015. Ou seja, a crise deve permanecer atingindo diversos setores da economia brasileira, entre eles o imobiliário. Tanto que o crédito imobiliário sofreu uma redução em 2015, passando de R$ 110 bilhões em 2014 para R$ 75 bilhões, de acordo com estimativas da Anefac – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Para esse ano, a expectativa é ainda menor. “O mercado espera um volume semelhante ao de 2015, ou seja, algo ao redor de R$ 70 bilhões”, afirma Roberto Vertamatti, diretor de economia da Anefac.
Na visão do especialista, o setor imobiliário vai continuar a ser impactado pela economia principalmente por conta de três fatores, que devem determinar o baixo desempenho do setor: o desemprego, que deve aumentar, a renda familiar, que deve diminuir ainda mais, e o crédito, que continuará escasso. Com isso, espera-se que a movimentação para compra e venda de imóveis seja baixa. “Sem dúvida pela falta de crédito e renda mais baixa, os compradores vão continuar sendo mais seletivos na escolha do imóvel”, completa o executivo.
Para Vertamatti, esse quadro pode mudar desde que o governo resolva intervir por esse que é “um dos setores fundamentais da economia”. “Caso o governo consiga liberar algum crédito adicional para o setor, poderemos chegar a R$ 80 bilhões”, comenta o diretor, apontando ainda para uma baixa expectativa.