Quando se fala em crédito, é comum as pessoas associarem a ideia de empréstimo ou financiamento de imóvel e/ou automóvel. Mas não é somente a pessoa física que faz uso desse serviço. Muitas vezes, a pessoa jurídica também precisa de um auxílio financeiro, seja para começar o negócio, aumentar o capital de giro, ampliações, investimentos, entre tantas outras opções. Entretanto, tal qual a pessoa física, no atual cenário macroeconômico, as empresas estão passando por um período de recessão. Só que isso não quer dizer que elas não queiram – ou precisem – de crédito, mesmo que estejam mais cautelosas. “O que pode preocupar, no entanto, é uma nova procura por crédito para aparar as arestas na vida financeira criadas por um cenário adverso”, pontua Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
Isso quer dizer que algumas empresas vão buscar crédito para fechar o orçamento básico. Inclusive porque está no DNA das empresas a necessidade continua de financiamento. Desta forma, quem concede o crédito vai enfrentar o desafio de continuar atendendo essa necessidade, só que em um ambiente mais seletivo – pois também deve se resguardar. “O principal impacto do desafio citado é a migração para uma concessão de crédito mais segura, apoiada nos produtos de histórico de pagamento e score”, apresenta Marcela.
A concessão de crédito mais segura, observando se as empresas têm uma vida financeira saudável, acaba assim sendo a principal alternativa para evitar o crescimento da inadimplência dentre as pessoas jurídicas, já que não implica em aumento no risco total da carteira. “Para a parcela da carteira que já incorreu na inadimplência, vale a pena investir na cobrança e negociação, com apoio de produtos destinados a este fim que podem aumentar a taxa de sucesso destas ações”, conclui a economista-chefe.