As vendas a prazo registraram queda de 15,84%, entre os dias 18 e 24 de dezembro, de acordo com o indicador apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), o comércio varejista aponta que este foi o Natal mais fraco em volume de vendas dos últimos cinco anos. Trata-se do segundo ano consecutivo em que as compras parceladas apresentaram queda nesse período, mas, em 2014, a contração havia sido de apenas 0,7%. Nos anos anteriores as variações foram positivas.
De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o resultado negativo já era aguardado pelos lojistas e reflete a tendência de desaquecimento das vendas no varejo observado ao longo de 2015, em virtude do cenário econômico desfavorável, com crédito mais caro, inflação elevada, aumento do desemprego e baixa confiança do consumidor para se endividar.
As consultas para vendas a prazo no Natal repetiram o comportamento de baixa das demais datas comemorativas do ano que acabou: a queda nas intenções de vendas parceladas também se repetiu em outros momentos de 2015, como no Dia das Crianças, que teve queda de 8,95%, o Dia dos Namorados, com menos 7,82%, a Páscoa, com retração de 4,93%, o Dia das Mães, que teve recuo de 0,59% e o Dia dos Pais, com queda de 11,21% nas compras a parcelas.
O Natal é considerado pelos lojistas a data comemorativa mais importante em faturamento e volume de vendas. Em 2015, por causa da crise econômica o SPC Brasil verificou em pesquisa junto a consumidores que o gasto médio por presente poderia cair 22%, já descontada a inflação. As roupas, 67,2%, calçados, 37,05%, brinquedos, 31,7%, perfumes e cosméticos, 27,7%, acessórios, como cintos, bolsas e bijuterias, 19,8%, livros, 18,8%, celulares, 13,9% e videogames, 9,06%, lideravam a lista de produtos mais procurados para este Natal, de acordo com levantamento realizado pelo SPC.