
Estudos anteriores do Hay Group evidenciaram uma maior freqüência de seis estilos de liderança ou padrões de comportamento nos líderes, independentemente do sexo. São eles: Coercitivo (busca obediência imediata); Dirigente (propicia visão e direcionamento de longo prazo, influenciando outros a segui-lo); Afetivo (procura harmonizar a equipe); Democrático (busca o comprometimento pelo consenso); Modelador (almeja altos padrões de excelência); Treinador (trabalha pelo desenvolvimento de pessoas no longo prazo).
Os seis estilos foram classificados como masculino e feminino segundo os estereótipos de cada gênero. São identificados como masculinos (hierárquico e transacional) os padrões coercitivo, dirigente e moderador. Entre os femininos (relacional, com posicionamento menor de autoridade) estão os estilos afetivo e democrático. O modo treinador foi considerado neutro.
Os estilos mais fortes nas executivas são o democrático e afetivo, seguidos do coercitivo. Segundo o estudo, elas precisam aprimorar mais o lado dirigente, que proporciona visão e direcionamento para os colaboradores, bem como o treinador, que desenvolve a equipe em longo prazo, contribuindo para a formação de sucessores e pessoas chave para a organização.
A gerente do Hay Group, Caroline Marcon, observa que um mesmo líder pode apresentar condutas diferenciadas, conforme a situação que vivencia no ambiente profissional e que esta alternância é salutar e necessária. As mulheres líderes de alto desempenho possuem um repertório de estilos de liderança diversificado, marcado por estilos de controle e resultados (coercitivo, dirigente e modelador) e também estilos de relacionamento (democrático e afetivo).
Elas x Eles
Na comparação entre executivos mulheres e homens de alto desempenho (outstanding) dois pontos chamaram a atenção. O primeiro deles é de que as executivas outstanding equilibram tanto estilos masculinos quanto os femininos (77% e 68%, respectivamente). Já entre os homens de alto desempenho predominam os estilos masculinos (89%), em detrimento aos femininos (42%).
Outra percepção da pesquisa é de que as mulheres outstanding criaram um sentido de responsabilidade significativamente maior que seus pares masculinos (85% e 75%, respectivamente). As executivas típicas, por sua vez, tentaram liderar mais como homens, com 91% de predominância do estilo masculino e 27% do feminino. Em relação às executivas típicas, as outstanding demonstraram maiores níveis de iniciativa, raciocínio analítico, raciocínio conceitual e busca de informação. As típicas também ficaram atrás nos quesitos impacto e influência, consciência organizacional e liderança de equipe.