CEO e cofundador da Alymente conta como a empresa busca inovar no setor para entregar uma melhor experiência aos clientes
Os benefícios flexíveis surgiram como uma resposta às limitações do modelo tradicional, especialmente em um contexto de mudanças no perfil do trabalhador, na legislação trabalhista e nas tecnologias de gestão de pessoas. Percebendo esse cenário e fazendo um mergulho no entendimento das dores dos clientes desse serviço e como saná-las, nasceu a Alymente, que já evolui sua solução para entregar um cartão bandeirado, reunindo vários benefícios, com aceitação em qualquer estabelecimento comercial. Trabalhando primordialmente com clientes enterprises, a empresa tem conseguido escalar mesmo oferecendo produtos sob medida, conforme detalhou André Purri, CEO e cofundador da Alymente, hoje (29), na 1211ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Ele iniciou destacando que a empresa já começou do jeito certo, percebendo as dores dos estabelecimentos e dos usuários de cartões de benefícios. “Era um mercado que funcionava como oligopólio, com quatro empresas dominando, e taxas altas, não deixando alternativas aos estabelecimentos que já trabalham com margens baixas. Além disso, fizemos uma pesquisa junto a mais de 180 empresas contratantes e percebemos que não havia diferença entre esses fornecedores. Constatamos que se tratava de uma commodity em que a única diferença na hora de escolher era o preço. Ou seja, estávamos diante de um mercado ineficiente, o qual os clientes não percebiam valor na solução oferecida.” Outro ponto que chamava a atenção era o fato de que quase 40% dos usuários de benefícios estavam vendendo o vale alimentação e refeição no início do mês. “Além de vender com um deságio para ter dinheiro em mãos, ainda corriam o risco de ser demitidos por justa causa por ser uma prática proibida.”
Nesse contexto, André conta que chegaram à conclusão de que algo precisava ser feito, surgindo assim a Alymente, propondo a pensar em um arranjo mais harmônico. “Era necessário encontrar soluções que satisfizesse o tripé envolvido. Trazer uma vantagem efetiva para a empresa contratante, que o colaborador conseguisse utilizar o benefício de acordo com suas necessidades – atendendo a diversidade de perfis de funcionários – e tudo de uma forma que os estabelecimentos não fossem explorados.” Segundo o CEO, foi mergulhando no dia a dia dos contratantes que puderam verificar os vários pontos de ineficiência desses serviços que estavam sendo oferecidos. Foram, conforme detalhou, quase cinco meses dentro dessas organizações, analisando a parte de back office, formulação de pedidos, cadastramentos de colaboradores, envio de cartões, etc., para entender como poderiam ser otimizados esses pontos e os impactos na vida do RH e dos colaboradores.
Para resolver essas dores, a Alymente se lançou no mercado, como pioneira na introdução de benefícios flexíveis, sendo a primeira a obter registro no PAT, Programa de Alimentação do Trabalhador, garantiu o executivo. “A receptividade foi de espanto e de um certo ceticismo. Afinal, em um sistema que funcionava da mesma maneira há mais de 40 anos, surgimos com um cartão bandeirado, onde constavam todos os benefícios, podendo ser aceitos em qualquer lugar. Isso era totalmente disruptivo. Nos diziam ‘bom demais para ser verdade’, com um grau de desconfiança que demandou um período de educação do mercado, mostrando que era totalmente legal sem acarretar qualquer risco à empresa.” Na concepção de André, ajudou muito ter iniciado por empresas grandes, que chancelaram a penetração da Alymente.
Durante a conversa, o CEO respondeu ainda questões trazidas pela audiência, falandosobre como vê, dentro da estratégia de flexibilização e personalização, a evolução da cultura de foco no cliente para os próximos anos. “Todo o nosso roadmap, mirando uma linha do tempo, é feito com base na experiência do cliente, seguindo o propósito que gerou a empresa. O nosso time comercial capta no mercado as necessidades dos clientes e passa para o time de tecnologia e desenvolvimento. Temos também o time de CX, que acompanha minuciosamente o nível de satisfação dos clientes, alimentando com insights todas as áreas da empresa, para que continuemos, nos próximos cinco anos, a ser o melhor fornecedor.” Ele falou ainda dos desafios de escalar oferecendo produtos sob medida para cada cliente, entre outros assuntos.
O vídeo está disponível, na íntegra, no nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com as outras 1210 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3,8 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (30), com a presença de Wagner Mendonça, country manager da PayJoy, que abordará a questão do crédito para inclusão digital com impacto no varejo; na quarta, será a vez de Michele Funari Neto, diretor de vendas e marketing da Grano Alimentos; na quinta, Mariana Santarém, vice-presidente de produtos e experiência do cliente da Vibra; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “O fim do funil de vendas? Nova jornada do consumidor quebra conceitos e exige inovação”, reunindo Adilson Batista, CIO da Cadastra, João Francisco Martins, diretor de dados e IA da Confi/Neotrust, Nick Farr, gerente de vendas da HubSpot no Brasil e Ricardo R. Junior, CRO & CIO na Aunica.