CEO do Stark Bank descreve a trajetória do banco digital e o seu crescimento exponencial
Desde a fundação, em 2018, até esse ano, o Stark Bank viu suas movimentações elevarem de R$ 350 milhões para R$ 350 bilhões, graças a uma descoberta disruptiva. Operando no B2B, a fintech percebeu que a maioria das empresas trabalha com arquitetura de software monolítica onde todas as funcionalidades de uma aplicação são desenvolvidas e executadas em um único processo para as várias funções comerciais. O pulo do gato foi entrar com um sistema mais moderno com tecnologia e produtos que funcionam com pequenos blocos que vão se encaixando, promovendo mais flexibilidade, praticidade e barateando todo o sistema. Começando como uma startup fornecedora de API para transferências bancárias, hoje ela já se transformou em um banco digital completo, atendendo várias enterprises, conforme detalhou Rafael Stark, CEO e fundador do Stark Bank, hoje (17), na 1159ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
“A dor que pensamos em resolver, em 2018, com a criação do Stark Bank, foi a de uma solução tecnológica que fizesse transferências automáticas entre empresas e bancos”, iniciou o executivo, explicando que, depois de mais de um ano estudando, começaram as atividades com um único produto, que era uma API (Application Programming Interface) para fazer transferências bancárias. Ele contou que já trabalhava há alguns anos com uma empresa de software, criando produtos digitais, em uma época em começavam a surgir várias fintechs, mas todas tentando resolver os problemas para as pessoas físicas. “O que estávamos buscando era essa disrupção para pessoas jurídicas. O primeiro cliente foi a Colgate, que desejava criar um sistema digitalizado de reembolso aos clientes, em substituição ao processo manual, burocratizado e custoso que estava em vigor. Obviamente, não tinha como resolver sem um banco. Foi quando entramos com uma API que permitia a transferência automática dos valores e, descobrimos então, que esse sistema poderia ser aplicado em várias outras situações.”
Daí em diante, detalhou Rafael, as soluções foram avançando conforme percebiam-se as necessidades no mercado, incrementando com internet banking, cartão pré-pago, Pix, cartão de crédito, etc. “Fomos fazendo várias coisas de forma a nos tornarmos um banco digital completo, ampliando a carteira de clientes, vencendo a resistência das áreas financeiras das empresas, ainda muito conservadoras na época. Criamos cases, ganhamos confiança no mercado, atendendo muitas startups que queriam fazer integração com a nossa API no processo de automação das operações de ponta a ponta, até, contando com aporte de investidores e colecionando vários selos de qualidade e certificações. Hoje atendemos também várias enterprises como Grupo Ultra, Lojas Americanas, Ambev, Localiza, etc.”
Respondendo uma pergunta da audiência, se pretendem se manter somente no B2B, o CEO respondeu positivamente, por entender que no mercado de pessoa jurídica já existem muitos players dando conta do recado. Em outra questão da audiência, sobre o que teria motivado Jeff Bezos, com a Bezos Expedition, a aportar na Star Bank, ele respondeu que foi enxergando o caráter disruptivo do empreendimento e o crescimento exponencial da fintech. “No primeiro ano de funcionamento, movimentamos R$ 300 milhões. Em 2024, esse número se elevou a R$ 280 bilhões e, nos últimos 12 meses já ultrapassou os R$ 350 bilhões.” Na sequência, Rafael falou sobre os desafios para estruturar a empresa nessa velocidade de expansão. “Sempre tive, como princípio, pensar a longo prazo, querendo entender, de forma paciente e ponderada, como conseguiria criar um sistema que atendesse no Brasil inteiro. E, como fiz engenharia no ITA, adquiri o hábito de estudar cada jornada, cada etapa, entender quais os gargalos que podem surgir e trabalhá-los desde a parte conceitual. Então, foi tudo muito bem pensado e estudado antes de disparar.”
O executivo explicou que, ajudou nesse processo, perceber que as empresas possuem sistemas monolíticos, com tudo funcionando junto ao mesmo tempo, e que isso teria de ser mudado. “Trouxemos, então, para o mercado uma arquitetura que funciona em microsserviços, todos muito bem definidos e que se conversam. Ou seja, quando tenho de mexer em um desses blocos por causa de alguma falha técnica, não haverá impacto no todo da arquitetura, evitando a queda de outros serviço.”
O vídeo, na íntegra, que está disponível em nosso canal do YouTube, o ClienteSA Play, junto com às outras 1158 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 3,7 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA encerra a semana amanhã (18), com o Sextou, que debaterá o tema “iGaming: o papel da tecnologia para apoiar a CX em toda jornada”, reunindo Felipe Costa Nadalini, senior account executive da Optimove no Brasil, Fernanda Beato, diretora executiva de vendas da Unico, e Thiago Bertacchini, head de vendas da Nethone.