Maioria dos brasileiros trocam de celular a cada 2 a 3 anos

Levantamento da Trocafone com mais de 92 mil consumidores traça o novo perfil do consumidor brasileiro de celulares seminovos

A compra de celulares usados no Brasil vem deixando de ser associada à necessidade e ganhando contornos de uma escolha consciente, estratégica e digital. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Trocafone, empresa do mercado de recommerce de smartphones no país. O estudo, realizado com mais de 92 mil pessoas, traça o novo perfil do consumidor brasileiro de seminovos, sendo os homens (75%), entre 30 e 44 anos, com renda de até R$ 4 mil e atuação principalmente como autônomos. A maioria vive na região Sudeste (64%) e faz uso do celular para atividades cotidianas e conectadas, como trabalho, estudo, lazer e consumo de conteúdo. Em seguida aparecem as regiões Nordeste (17,2%), Sul (10,6%), Centro-Oeste (4,4%) e Norte (3,5%). Em termos de escolaridade, metade dos entrevistados possui até o ensino superior completo.

Altamente conectados, esses consumidores demonstram comportamento digital ativo. O WhatsApp é a rede mais utilizada, seguido do Instagram. O celular é utilizado para múltiplas funções: 66,5% dos respondentes assistem séries e acessam streamings; 44% usam para jogos; 31,3% utilizam para leitura; e mais de 76% dos respondentes afirmam assinar ao menos uma plataforma de streaming, sendo a Netflix a preferida, seguida por Amazon Prime, Disney+, Max e Globoplay. O Spotify é o serviço de música mais ouvido pelos entrevistados.

Pesquisa e critério: o novo consumidor on-line

No uso cotidiano, o celular é essencial para chamadas, troca de mensagens e e-mails (82,2%), além de ser uma ferramenta importante para trabalho e estudo (76,6%), navegação na internet (70,3%), lazer (69,1%) e produção de fotos e vídeos (66,5%). O consumidor de seminovos também é mais criterioso em sua jornada de compra. Segundo o levantamento: 88% pesquisam no Google antes de adquirir um produto ou serviço; s marketplaces mais usados são: Mercado Livre (83%), Shopee (58%), Amazon (61%) e Magalu (40%); mais da metade utiliza parcelamento no cartão de crédito; 65% optam por planos pré-pagos ou controle, o que indica maior racionalidade no consumo.

Outro dado relevante é que a garantia é decisiva para 44% dos entrevistados, e 50% apontam a segurança como critério fundamental. A confiança em plataformas especializadas como a Trocafone vem crescendo e é apontada como diferencial competitivo.

Troca recorrente e marcas preferidas

A pesquisa mostra que o celular virou parte de um ciclo mais ágil de consumo: 60% trocam de aparelho entre 2 e 3 anos; 17% trocam em até 12 meses. Em relação às marcas, Samsung lidera com mais de 60% da preferência, seguida por Apple e Motorola.

Embora o preço ainda seja o principal fator de decisão, 89,9% dos consumidores citam a economia como motivação. A pesquisa revela que critérios estão ganhando importância, como a segurança, questão importante para 50% dos respondentes. Outro destaque é a importância da garantia: 43,9% dos entrevistados apontam esse fator como decisivo na hora da compra. 

Sustentabilidade ainda é secundária

Apesar da relevância ambiental dos celulares seminovos, apenas 29% mencionaram preocupação ambiental como fator relevante na decisão de adquirir um aparelho usado. Ainda assim, o tema tende a ganhar força. Segundo o relatório Global E‑Waste Monitor 2024, o mundo gerou 62 milhões de toneladas de lixo eletrônico em 2022, um aumento de 82% em relação a 2010. A maior parte desse volume ainda é descartada de forma inadequada, agravando os impactos ambientais.

Para Flávio Peres, CEO da Trocafone, o comportamento mais criterioso do consumidor e o aumento da confiança em plataformas especializadas mostram que o mercado de celulares usados passa por uma transformação relevante. “Esse cenário reflete a maturação do mercado de seminovos no país, antes estigmatizado e agora cada vez mais associado à praticidade, economia e segurança. O celular usado deixou de ser tabu e passou a ser uma escolha inteligente, que entrega economia, segurança e impacto positivo. E isso é um avanço importante”.

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