
Como o caso de Andréa Mazolla, gerente de clientes da Atento e funcionária há dez anos. “Entrei como teleoperadora, e foi quando eu pude enxergar a oportunidade de crescer neste ramo, pois cada vez mais empresas buscavam a terceirização desse serviço, com uma mão de obra especializada e um custo menor”, explica. Depois de se divorciar, Andréa precisava de um trabalho para poder criar os filhos. Hoje, ela afirma que o crescimento na vida pessoal foi acentuado pela profissional, pois no setor, ela pôde conciliar a educação das crianças com o emprego. “Eu consegui criar rotinas, me organizar junto aos meus filhos. Tínhamos até reuniões no qual falávamos sobre o que estava bom ou não para eles”, confirma.
Algumas mulheres não precisam conciliar suas vidas junto à família, mas sim com os estudos. Iris Viera,
gestora da área de gestão de conhecimento da Atento, queria fazer uma faculdade, mas não tinha condições. Ao ingressar no mercado, acreditava ser temporário, porém já se graduou em Tecnologia e Marketing, trabalhou em vários segmentos dentro da empresa e hoje concilia a vida profissional com as especializações. “Tenho muitas atividades fora do trabalho, mas é possível conciliar tudo isso. É um mercado com muita gente jovem e dinâmica, e que proporciona um clima muito agradável para trabalhar”, diz.

Segundo, Jarbas Nogueira, presidente da ABT, a predominância feminina se dá pelo fato das mulheres apresentarem um perfil mais adequado a serviços de atendimento ao cliente, por serem bem mais atenciosas e pacientes do que os homens. Isso é também justificado por Adriana Goiabeira, diretora de contact center da Dedic. “Eu diria que hoje, 70% da Dedic são mulheres. Temos a característica de ouvir e falar bastante, o homem querendo também faz, mas acho que é um predicado muito mais feminino”, afirma. Há seis anos na empresa, Adriana iniciou no mercado de call center nos anos 90, ficou 13 anos afastada, mas logo retornou. “Esse setor é um vicio, quando você tem o primeiro contato com ele você se apaixona”, completa.