Como ter sucesso no varejo on-line



O Brasil está definitivamente no mapa dos negócios internacionais. Quer uma prova? No final do mês de agosto, esteve no Brasil a analista Zia Widger, diretora de pesquisas da Forrester Research, consultoria mundial que estuda principalmente o impacto das tecnologias nas empresas e nos consumidores. No interesse de alguns de seus grandes clientes internacionais, Zia veio conhecer pessoalmente a dinâmica do nosso mercado e voltou para Nova York, de acordo com suas próprias palavras, encantada com as oportunidades que vislumbrou.

Durante a visita, Zia participou do 1º Ciclo de Encontros Marketing Revolution. Ela iniciou a apresentação, “Five Things eBusinesses Must Do Well In Order To Succeed”,  com alguns dados animadores, coletados recentemente pela Forrester. Em primeiro lugar, o maior crescimento dos números de usuários on-line nos próximos anos se dará nos países em desenvolvimento. No Brasil, por exemplo, a população on-line passará de 100 milhões em 2014, praticamente empatando com o Japão. Como reflexo, o crescimento do varejo on-line também está sendo exponencial: as previsões para este ano apontam alta nas receitas do setor da ordem de U$ 2 bilhões em relação ao ano passado. Outro dado importante é que o ritmo de crescimento do varejo on-line, nos EUA, já ultrapassou o do varejo tradicional. De 2010 para 2009, enquanto o primeiro cresceu 13%, o outro registrou alta de apenas 3%. Nos dois anos anteriores os números haviam sido mais dramáticos: enquanto o varejo tradicional encarava números negativos (-2% e -4%), o varejo on-line crescia acima de 10%.

Quanto às “cinco coisas” que têm que ser encaradas por quem está lidando com e-business, apresento um resumo feito pela própria Zia em sua apresentação (a apresentação completa você encontra no endereço http://www.slideshare.net/arizona_br/zia-widger-forrester-research):

1. Os profissionais de e-business devem garantir que as organizações estejam preparadas para suportar o crescimento do canal on-line. A Forrester descobriu que, atualmente, esses profissionais dão às suas organizações uma nota alta em relação a trabalho de equipe, mas acreditam que faltam mais recursos, mais suporte de TI e principalmente mais apoio da alta administração.

2. Mais opções multicanais. As altas taxas de crescimento e lucratividade tornaram a web uma das prioridades para muitas empresas. Elas estão priorizando opções multicanais e pensando o novo consumidor baseadas em “pontos de contato”. O desafio aqui é manter a consistência da experiência da marca.

3. Mídias sociais. Aproveitar o fenômeno de múltiplas maneiras. Embora ainda não se tenha descoberto o “pulo do gato” na questão das vendas via redes.

4. “Like social, Love mobile”. Os números impressionam: 5% de todas as sessões de internet em todo o mundo já incluem um equipamento móvel. Mobile marketing já é uma realidade e, para muitos, é só o primeiro passo para o mobile commerce. O boom dos tablets deve acelerar o processo.

5. A tendência dos fabricantes venderem on-line diretamente abre novas oportunidades não apenas para eles, mas também para os varejistas. O modelo “loja-dentro-da-loja”, por exemplo, é cada vez mais popular. E algumas marcas estarão criando integrações bem estreitas com os canais de venda.

Até a próxima.

Fernando Guimarães é especialista em marketing direto, de relacionamento e digital. Email: [email protected]

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