“A mais bonita sorte, a mais maravilhosa fortuna que pode ocorrer para qualquer ser humano, é ser pago para fazer aquilo que ele apaixonadamente ama fazer.” – Abraham Maslow.
Para sobreviver a um ambiente de hostilidades o ser humano primitivo organizou-se em sociedade. A história humana mostra a evolução desta associação, que se tornou extremamente complexa, numa rede de relações e interdependências, cuja culminância é a sociedade globalizada de hoje. A obtenção dos insumos necessários para a sobrevivência da espécie está baseada num sistema de trocas no qual o dinheiro é o passaporte para a aquisição de bens e serviços. A movimentação do dinheiro é a seiva que mantém vivo o sistema econômico. A quantidade de dinheiro, em espécie ou bens que possam ser revertidos em valores monetários, é que dá a cada um sua posição no sistema.
Assim fica fácil entender o que faz da acumulação de bens e valores o motor que move nossa sociedade. O indivíduo nasce dentro de uma família que, em função de suas posses, tem um posicionamento social. Esta é à base de seu desenvolvimento. A mobilidade social se dará em função da sua habilidade em transformar e ou de multiplicar esse seu potencial inicial.
O objetivo primário individual é “conservar e ou ganhar dinheiro”. Com este intuito existe o trabalho remunerado.
Historicamente, o trabalho humano sofreu muitas transformações na medida em que as sociedades também se transformaram. Da escravidão ao trabalho liberal. O trabalho humano é necessário. Com o trabalho são gerados os recursos para a sobrevivência da raça humana.
Seria então o retorno financeiro o único objetivo do trabalho remunerado? Para alguns trabalhadores é, e torna-se uma tarefa pesada. Executa-se uma atividade exclusivamente pelo retorno financeiro que ela irá propiciar. Realiza-se o trabalho por uma recompensa financeira ao invés de uma realização pessoal. A pessoa vai para o trabalho pela manhã primariamente porque ela sente que tem que ir ao invés de querer ir. Ela não tem nenhuma expectativa do trabalho além do salário que receberá no final de cada quinzena ou mês e espera ardentemente pelos finais de semana, quando então terá descanso ou algum prazer propiciado por uma atividade que gosta.
Outra forma de encarar o trabalho diário é pensando no desenvolvimento de uma carreira, o que não é muito diferente da situação anterior. O trabalhador continua motivado primariamente por fatores externos, tais como dinheiro e possíveis avanços na carreira, pelo poder e prestígio. Ele visa à próxima promoção e conseqüentemente, as novas vantagens que terá em subir na hierarquia.
Para outros, no entanto, o trabalho é fator de realização. A pessoa encara seu trabalho como uma vocação. O trabalho é um fim em si próprio. E isto ocorre quando a pessoa coloca suas forças pessoais naquilo que faz. Ela percebe que faz parte de um todo, e que seu bom desempenho faz diferença no mundo.
Muitos vivem na esperança de encontrar um trabalho certo e ou que um empregador certo apareça em suas vidas. Culpar os outros, nossos familiares, professores, chefes, governo – pode trazer simpatia, mas não felicidade. A responsabilidade por encontrar o trabalho certo ou criar as condições certas para o trabalho cabe a nós Apesar de o pagamento ser certamente importante, a pessoa feliz primariamente trabalha porque deseja. Ela procura ativamente criar sentido e prazer em seu trabalho. Quando se gosta daquilo que faz como trabalho, ele passa a ser um privilégio ao invés de uma obrigação.
Encontrar o trabalho certo – trabalho que corresponda com suas paixões e forças – pode ser desafiador.
Você pode começar o processo fazendo a si mesmo algumas perguntas:
O que posso fazer?
Quais são as minhas forças?
O que eu faço bem?
O que eu desejo fazer?
O que me dará prazer?
O que me dará sentido?
Quais são as minhas forças?
O que eu faço bem?
O que eu desejo fazer?
O que me dará prazer?
O que me dará sentido?
Não significa necessariamente procurar outra atividade, mas em alguns trabalhos é possível reestruturar as tarefas para encontrar as condições necessárias para a felicidade.
Devemos procurar ver as vantagens no que temos e não ficar sempre achando que o outro é melhor! Aquele chefe sim que é bom é o que mais escutamos no dia a dia!
Creio que o mais difícil é conciliar os estímulos esternos (salário, carreira) com os internos (o prazer de estar realizando as atividades). O externo está ligado a idéia de irmos além do presente, do momento vivido; ou seja, a capacidade de abstrair. O interno é o momento atual, é o estar situado em um mundo e obter prazer com as mínimas coisas, com o caminhar.
José Carlos
Prezados: Segundo a Palavra de Deus, lemos no livro dos Salmos
128:2 Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem.
Isso implica que quando comemos do nosso trabalho temos a plena condição de alcançar a felicidade – daí, partindo desta leitura e do seu artigo temos condição de longas reflexões que terão resultado muito proveitoso quando nos dermos a oportunidade destes momentos tão preciosos. Obrigada Dalton pelo maravilhoso apontamento. Sucesso!
Dináura de C. Assunção