Como está sua auto-estima?
Você tem orgulho de ser quem você é?
Você comemora suas realizações?
Você tem brilho nos olhos e na mente?
Se sim, você possui uma auto-estima equilibrada. Mas, como funciona a auto-estima?
A auto-estima origina-se do seu autoconceito, que por sua vez, é um quadro mental que você monta sobre suas forças e fraquezas, sucessos e fracassos, conceito formado a partir de o que outras pessoas falam a você sobre você, e o que você observa e fala de você para si mesmo.
Essas falas, suas e de pessoas importantes para você, vão penetrando em sua mente, durante toda sua vida, fazendo registros e formando o que se pode chamar de uma programação psicológica. E diante das mais diversas situações da vida, você busca as informações que estão neste programa psicológico para pensar, sentir e agir.
Portanto, o conteúdo que estiver gravado nesse programa vai influenciar fortemente na determinação dos seus pensamentos, sentimentos e ações. Sua auto-estima será boa se você se vir com bons olhos, porém, se você se vir como uma pessoa inadequada, insegura, limitada em suas habilidades e competências, sua auto-estima estará comprometida e, conseqüentemente, seu comportamento corresponderá à imagem que você faz de si mesmo.
É a chamada “Profecia do autodesempenho.” O que é isso?
E assim: se você tiver altas expectativas sobre si mesmo, seu empenho e desempenho também, serão altos. Porém, se as expectativas ao seu respeito forem baixas, provavelmente seu desempenho será baixo.
Como isso acontece? Seguindo os passos abaixo, a pessoa prepara o caminho do autodiscurso negativo. Esta é a sua voz interna.
1º passo – Diante de uma situação, você compara as circunstâncias com as experiências passadas.
2º passo – Você escolhe não defender seus direitos na presente situação porque suas experiências passadas foram negativas e você não quer vivê-las novamente.
3º passo – Finda a situação, você sente que poderia ter respondido assertivamente, mas aí a oportunidade já passou. Você não quis experimentar o sentimento do fracasso outra vez. Isso também vale para o comportamento agressivo.
4º passo – Você fica ansioso e nervoso e começa a se sentir mal com você mesmo, por não ter sido assertivo. Você, então, fala para si mesmo: “Eu sou incapaz”.
Veja que seus pensamentos e sentimentos influenciam diretamente o seu comportamento e o meio ambiente estimula o autodiscurso negativo ou positivo.
Você pode transformar o ciclo negativo em positivo?
Sim, com assertividade, ou seja, com firmeza e determinação, você atua no autodiscurso negativo logo no 1º passo, alterando o conteúdo da voz interna (pensamentos automáticos oriundos de crenças irracionais), confrontando e entendendo suas emoções e comportamento diante da situação, avaliando seus pensamentos disfuncionais quanto à sua validade e sua utilidade. Por fim escolhe correr o risco com passo calculado.
MUDANDO SUAS CRENÇAS E O TEOR DE SUA VOZ INTERNA
O que sua voz interna diz para você de você? Diz coisas boas ou coisas ruins? Diz em que você deve se empenhar para ser melhor? Diz que você deve seguir em frente pois seu projeto é excelente? Ou diz que você é limitado e menos competente que seus colegas? Diz para você não se incluir, pois fatalmente será rejeitado? Diz que você é bonito ou feio? Diz para sempre dar sua opinião ou não dar sua opinião, pois, com certeza, será humilhado? Diz que você não deve baixar a guarda porque senão os outros perceberão sua incompetência? Ou diz que você pode ser querido e amado?
Afinal, o que diz sua voz interna? Se você tem a auto-estima baixa e diz: “Eu não posso”, você envia a mensagem ao outro que vai falhar. E você será visto como alguém que não pode e vai realmente falhar. Mas se você tem a auto-estima equilibrada e diz: “Eu posso”, você será visto como alguém bem sucedido e capaz.
Ela é responsável pela sua qualidade de vida e você é a única pessoa detentora do poder sobre sua voz interna. Se for adequada, você poderá pensar assertivamente, sentir positivamente e agir assertivamente.
Mas o que atrapalha é o mito de pensarmos que uma pessoa tem o poder de fazer uma outra ter todo tipo de sentimento. Por exemplo, você acredita que pode fazer alguém ficar irritado? A resposta correta é não. A pessoa escolha qual sentimento quer sentir.
Na verdade, você não poderá remover sua programação psicológica original, mas poderá inserir novas programações para neutralizar as que estão interferindo negativamente em sua vida, inspirando-o a assumir comportamentos agressivos e não assertivos. A solução está em alterar sua profecia, tornando sua voz interna mais amável e ponderada consigo mesmo. Para começar, você precisa mudar suas crenças e acreditar fortemente que tem os seguintes direitos:
Os direitos do Assertivo
Tomar as próprias decisões
Não justificar seu comportamento
Escolher não ser responsável pela solução dos problemas das pessoas
Mudar de opinião
Cometer enganos e ser responsável por eles
Dizer”não sei”
Ser independente da boa vontade dos outros
Dizer “não compreendo”
Dizer “não me importo”
Ser ouvido e ser levado a sério
Por outro lado, a principal obrigação de uma pessoa assertiva é reconhecer e aceitar que o outro também tem os mesmos direitos.
Por exemplo: Se você acha que não tem o direito de ser ouvido:Seu pensamento será “minha opinião é menos importante que a dos outros.” Os outros não o escutarão e sua opinião será descartada; você será interrompido.
Se você acha que tem o direito de ser ouvido: Seu pensamento será “minha opinião é tão importante quanto a dos outros. Ouvirá melhor os outros assim como insistirá para que os outros o escutem.
Avalie suas crenças e você ouvirá uma voz interna madura e sensata que lhe mostrará suas fortalezas e lhe dará autoconfiança para melhorar suas fraquezas.