Crise: cortes trarão sofrimento!



Já estou cansado de ver noticias sobre cortes. Que crise é essa?! No Brasil, o movimento ainda é tímido perto do que vemos ao redor do mundo, mas esperamos, e torcemos, para que isso não avance por aqui. Principalmente porque o corporativismo e a cultura hierarquizada de nossas empresas sempre levam a processos de redução de pessoal equivocados.


 


Raríssimas são as empresas que fazem uma análise de seus processos para identificar o que pode ser otimizado ou eliminado e, a partir daí, definem as pessoas que podem ser dispensadas. Isso porque a gestão por processos dentro das empresas ainda é incipiente.


 


Quando aparece a necessidade de se reduzir custos, olha-se logo para o orçamento (um instrumento de gestão que ainda espelha a visão departamental) e procura-se por áreas com as maiores cifras e que, aparentemente, parecem ter maior poder de contribuição. Será?!


 


Quando se corta olhando apenas números, corre-se o risco de se perder profissionais importantes, com muito conhecimento e que podem significar, no final das contas, uma perda maior do que a redução financeira obtida.  


 


Cortes trazem sofrimento para quem sai, com o desemprego e, também, para quem fica, com acúmulo de funções que quase nunca vem acompanhado de aumento em remuneração. Mas esse sofrimento pode ser neutralizado pelo alivio de se manter empregado em tempos difíceis. E por trás disso tudo, muitas vezes vem uma verdadeira confusão organizacional, com gestores passando a fazer coisas operacionais, gestores assumindo áreas para as quais não tem competencia e profissionais prematuramente assumindo desafios para os quais ainda não estavam plenamente preparados.


 


Bem, vamos torcer para que os mercados restabeleçam seus ritmos rapidamente e para que não haja injustiça com aqueles profissionais que dia a dia esforçam-se para fazer a sua empresa crescer e a nossa economia também.


 


Abraço,

Vladimir

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