Desafio: Torne-se mais Resiliente




“O senhor mire, veja… o mais importante e bonito do mundo é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior”.
(Guimarães Rosa)

 

O termo Resiliência é oriundo da Física, utilizado primeiramente, pela Engenharia, que se refere à capacidade de um material sofrer tensão e recuperar seu estado normal. Pode ser pensada como capacidade de adaptação ou faculdade de recuperação.

Em Psicologia, Resiliência refere-se à capacidade humana de enfrentar adversidades sucessivas ou acumuladas com o mínimo de dano possível para o desenvolvimento.


Uma atitude resiliente significa ter uma conduta flexível e positiva, apesar dos obstáculos, ou seja, soma-se à Resiliência, a capacidade de reconstrução e superação dos conflitos.


O Ser Resiliente agrupa algumas características importantíssimas e essenciais, como a esperança, a autoconfiança, a crença em algo maior e no potencial das pessoas.


Muitas organizações, mesmo sem conhecer a terminologia “Resiliência”, vêm buscando enfrentar e criar maneiras alternativas de lidarem com conflitos de diversas naturezas. É uma premissa que o líder de hoje necessite ter uma gestão resiliente para que saiba lidar com a diversidade e consiga encontrar caminhos outros para ultrapassar obstáculos.


De acordo com uma pesquisa realizada no Brasil pela International Stress Management Association (Isma-Brasil), 83% das pessoas não podem ser consideradas resilientes. Este número é preocupante porque quanto mais distante ficar o desenvolvimento da resiliência, menor será a qualidade de vida do indivíduo, que conseqüentemente poderá desenvolver sintomas prejudiciais como a fadiga muscular e outros aspectos como agressividade ou passividade excessiva, por exemplo.


No mundo dos negócios, a expressão “organização aprendente” está em alta e a Resiliência aparece como uma nova terminologia, mas que está inserida num contexto antigo.


A crise e as mudanças geradas nos dias atuais fazem com que as empresas tenham que inovar e se antecipar à concorrência. Antigamente falava-se que as grandes empresas iriam dominar o mercado, atropelando as pequenas. Hoje sabe-se que as empresas mais ágeis irão excluir as mais lentas. Os profissionais de qualquer área empresarial precisam aprender e apreender constantemente para acompanharem o ritmo das mudanças. E para isso, têm que ser ou se tornarem seres resilientes.


Uma organização resiliente é inteligente, flexível, livre, responsável, competente, confia no seu time de colaboradores, o qual também é inteligente. Há uma relação de confiança mútua, de empatia e senso colaborativo e o alcance dos objetivos da empresa é visto como uma meta comum e motivo de sucesso e realização para todos.


As organizações serão mais resilientes tanto quanto forem mais assemelhadas às pessoas. As mais resilientes são opostas às burocráticas, ou seja, são mais democráticas, sensíveis, flexíveis, autônomas, descentralizadas, inteligentes, livres e responsáveis. Nelas, as respostas são rápidas, há confiança e partilhas nos meios, nos processos, nas estratégias, nas tomadas de decisão e nos resultados, sejam eles positivos ou negativos.


Nas organizações burocráticas e autoritárias há rigidez e as respostas são mais lentas, centralizadas, individualistas e fechadas; ninguém confia em ninguém.


Em se tratando de desenvolvimento, é preciso que as ideias brilhantes venham à tona sem qualquer tipo de resistência, pois é necessário mobilizar a educação e a formação dos novos cidadãos, criando e fomentando a cultura da resiliência nas pessoas, na sociedade e nas organizações. Não é possível mudar as organizações sem antes, esclarecer as mentalidades, mudar os pontos de vista e ampliar a visão de mundo dos indivíduos. É necessária a contribuição dos meios de comunicação, viabilizando uma formação diferente.


Para que as sociedades se tornem resilientes, é preciso que haja a desburocratização e humanização, que não acontecem sem a revisão de sistemas e processos de informação.


É imperioso o desenvolvimento de capacidades de resiliência na formação de cidadãos e profissionais para a sociedade emergente. Pode-se caminhar nesta direção, contribuindo para a construção de sociedades menos rígidas e mais flexíveis, democráticas, solidárias e tolerantes, com visão humanista.


A sociedade desburocratizada e resiliente tem que estar inserida numa cultura em que se incentive e desenvolva uma liderança saudável, sendo estes líderes merecedores de total confiança, tanto no planejamento, quanto na gestão; e que sejam capazes de identificar as resistências às mudanças e os caminhos que permitam avançar com mais rapidez e eficácia em direção ao sucesso.


E então? Você sabe o quanto você é Resiliente? Sua Qualidade de Vida depende da consciência de sua resposta e de sua ação rumo à própria renovação e amadurecimento.


Um forte abraço a todos!



 

0 comentário em “Desafio: Torne-se mais Resiliente”

  1. Fabiana,

    Sei que tenho boa capacidade de enfrentar situações desfavoráveis…mas depois que li seu o artigo, reavaliarei minhas prioridades e meu estilo de vida, pois, acredito assim que adaptarei com maior segurança e controle as situações mais desgastantes.

    Muito bom o artigo!

    Parabens!!!!

    Abc

    Junior Ribeiro
    [email protected]

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