No
passado as empresas almejavam profissionais que tivessem como objetivo, passar
a maior parte da sua trajetória profissional em uma mesma empresa. Esse perfil
foi muito valorizado e procurado pelos empregadores. Anteriormente as empresas
valorizavam e sustentavam a estabilidade profissional, permitindo aos
funcionários o investimento alto na sua carreira, em cursos técnicos ou até
mesmo em cursos superiores, buscando a promoção e visualizando uma trajetória,
sendo visível a ascensão profissional.
Hoje,
o mercado de trabalho passou por uma transformação, o profissional que
pretende se aposentar ou passar um período muito longo em uma mesma empresa, passa
a impressão aos empregadores, de comodismo, estagnação, medo de sair de sua
zona de conforto, tornando-se um peso, e um custo muito alto para as organizações.
Com
esta nova fase, iniciou-se a movimentação de cadeiras dentro das empresas,
permitindo uma mudança e reciclagem dentro das organizações. Hoje o perfil mais
almejado de profissionais, são aqueles que passam por um numero maior de
empresas, segmentos diferentes, pois apresentam habilidades para se adaptar em
ambientes diferenciados e levam para as empresas novas ideias e
consequentemente soluções de mercado.
Essa
mudança permitiu ao empregado à valorização e a busca de melhores oportunidades. Se o funcionário não está mais contente, não
visualiza um crescimento profissional, não tem bons benefícios, a empresa não
valoriza seu trabalho, o empregado troca de emprego, vai atrás de novos
desafios, não tem mais medo de arriscar. O mercado de hoje permite essa
mudança.
Por
outro lado, os empregadores passam pelo sofrimento do excesso de mudança de
emprego, e passa a olhar a instabilidade profissional como um ponto negativo. Hoje
trocar de emprego demasiadamente não é bem visto, demostra instabilidade,
passando a impressão de inflexibilidade dificuldade de adaptação.
Atualmente,
os processos seletivos têm como um dos primeiros requisitos das empresas, a estabilidade
profissional. Se o currículo do profissional não possui o período exigido de
permanência pela empresa, é descartado no processo de triagem, nem permitindo
conhecer o profissional pessoalmente. O profissional está perdendo a chance de
se justificar e passa a ter dificuldade de encontrar uma nova recolocação no
mercado de trabalho.
Uns dos segmentos que mais sofrem com essa
instabilidade são as empresas de Call Center, pois possuem um numero elevado de
rotatividade e problemas de assiduidade. Esse mercado é o que mais oferece
oportunidade para primeiro emprego, porém sofre com a instabilidade
profissional.
Fica a dica para os profissionais avaliarem a
oportunidade antes de entrar na empresa. Fazer uma analise da distância do
trabalho, a atividade do cargo, o contrato de trabalho, os benefícios que a
empresa oferece, condições de trabalho e a oportunidade de crescimento. Trocar
de emprego em demasia e ficar pouco tempo em uma empresa, pode gerar consequências
negativas para uma nova recolocação profissional.
