O Canadá é cenário de um folclore sobre o aparecimento anual da marmota numa determinada época do ano anunciando as chuvas da nova estação.
Ian Darling, presidente da FCO – Fórum Canadense de Ombudsman*, usou essa metáfora para traçar um paralelo com a atuação de ouvidores que aparecem uma vez por ano, apresentam-se novamente e se escondem até o término do próximo exercício.
De fato a questão não é tão simples quanto se apresenta num primeiro momento: como e quando a ouvidoria deve expor seu trabalho. Como opção primordial, por meio de relatórios de atividades que asseguram a transparência como também motivam a sua procura por conseqüência.
O ponto polêmico está na sua divulgação institucional, vista por alguns como desnecessária ou ainda não prioritária. Descabido qualquer tipo de exibicionismo!
Uma rápida visita aos sites de busca de informações surpreende pela quantidade de serviços e produtos relacionados à palavra ouvidoria. Logo, fica o alerta deixado pela marmota, ou a ouvidoria se comunica garantindo sua identidade ou corre o risco de precisar se apresentar a cada ano porque não será reconhecida.
Anotação para planejamento de 2010: comunicação!
*Ian Darling participou do Congresso 200mbudsman no painel Tendências globais e atuais do trabalho do ombudsman realizado nos dias 04 a 06 de novembro em São Paulo.