Essencial como em qualquer outro
negócio, o telemarketing tem como função básica a divulgação e comercialização
de um produto, bem ou serviço. O terceiro setor, apesar de não ter sua
configuração voltada para fins lucrativos passa pelo mesmo conceito. Também tem
sua sobrevivência a ser defendida, bem como a divulgação do seu projeto
assistencial.
Mas como fazer isso? Qual a sua
postura quando recebe uma ligação pedindo doações? Fala a verdade, você não
desconfia? Surgem várias interrogações em nossa cabeça.
O preconceito com o telemarketing já
influenciou negativamente a ação das empresas que atuam com filantropia. Vale
ressaltar que o preconceito vem da forma
de abordagem durante o contato, muitas vezes agressivos e desconfortáveis para
quem recebe a ligação. Sem contar o uso inadequado da língua portuguesa falada.
Entretanto, a necessidade de divulgação
por parte das empresas vem quebrando paradigmas.
A economia está acelerada e o poder de
compra nunca foi tão satisfatório, os empresários precisam divulgar seu produto
e achar os seus potenciais clientes. Desta fórmula, o telemarketing ressurge fortalecido como uma
solução viável para este fim. Neste ponto o preconceito deixa de existir. A
filantropia pega carona no desenvolvimento econômico.
Mais que vencer o preconceito, conhecer
o seu público alvo é talvez o grande desafio do terceiro setor. O perfil do
doador tende a mudar conforme o trabalho da instituição.
Não existe a troca capital do produto
por dinheiro. Não se trata de uma abordagem econômica somente. Ela passa pelo
emocional, pelo exercício dos valores pessoais. O exercício da cidadania, aceitação
em grupos afins (religião, raça, comportamento sexual e político). O cliente
não consome um bem ou serviço, ele se engaja na idéia. É muito diferente.
Assim como os clientes, os profissionais envolvidos nestes
projetos também se engajam e tendem a demonstrar um comprometimento diferenciado
em relação ao trabalho. Como já mencionei, tudo passa pelo conceito de valores
humanos. O teleoperador que não acreditar no projeto assistencial terá uma dificuldade exponencialmente maior se comparada com um
produto normal. Por exemplo, se ele é um evangélico será muito difícil divulgar
algo que fuja de sua crença. A relação é mais visceral. Abordar um cliente para
vender seguro ou assinatura de revista é totalmente diferente do que pedir uma
doação para as crianças com câncer. Guardadas as devidas proporções o
teleoperador não segue um script, ele defende uma bandeira.
Para terminar, é bom dizer que ainda estamos todos
aprendendo como gerir uma operação focada em captação financeira para
instituições sem fins lucrativos. As próprias instituições filantrópicas passam
por organização e estrutura de suas operações. Falta muito investimento e
experiência em grande parte dos casos, como também há instituições que fazem
isto há anos e com sucesso.
Portanto, quando receber um contato destas instituições,
colabore.
A descrição de cargo de um operador de telemarketing para o terceiro setor é diferente? Estou precisando de orientação para a elaboração de uma. Espero contar com seus conhecimentos.
Achei interessante a colocação, não havia lido nada seu, fui supervisora de Telemarketing Filantropico por 5 anos e meio e fui operadora de telemarketing antes por 3 anos, agora vou dar um suporte por uns meses, neste mesmo local, gostaria de ler mais sobre telemarketing filantropico.