Ouvidoria Contemporânea Brasileira

Cumprimos com o ritual das
festas, nos alegramos genuinamente, fizemos nosso balanço mental espontâneo ou
quem sabe induzido pelo período que é cúmplice da nossa própria consciência e
nos leva para o divã da auto avaliação. E o ano de 2011 começou e lá se vai a
primeira semana.

Esse tempo implacável exige uma
prontidão de sentidos para captar as inovações, os novos cenários, os cenários
conhecidos que recebem ou agregam novo sentido, nova direção e naturalmente a
complexidade daquilo que não é conhecido.

Nesse início de 2011 fica o
questionamento sobre a ouvidoria contemporânea, afinal quase que
desapercebidamente concluiu-se a primeira década do novo milênio. Identificar o
percurso da Ouvidoria como instituição é retratar a história social, econômica
e política do país, mas qual caminho descortina para sua evolução?

É provável que a pergunta tenha
que ser refeita: quais caminhos descortinam para a evolução da ouvidoria? O
plural se justifica pela observação cotidiana do trabalho desenvolvido pela ABO
de que na medida em que avançam as ouvidorias no âmbito privado, avançam também
trabalhos acadêmicos que intuitivamente buscam assegurar, consolidar os
fundamentos da ouvidoria.

A título de ilustração
mencione-se que a consulta pública sobre a obrigatoriedade de ouvidoria em
todas as seguradoras encerrará o prazo em 24 de janeiro. Movimento de ouvidoria
na iniciativa privada. De outro lado mencione-se o lançamento do livro
organizado pelo professor Rubens Lyra que expõe a tese da complementariedade
dialética entre Ministério Público e Ouvidoria. Assim como a Revista Organicom
nº12 que se dedicou ao tema Ouvidoria e Comunicação, inclusive com a
participação da ABO em seu lançamento.

Polêmica haverá! O que é muito
saudável diante das múltiplas dimensões da Ouvidoria como instituição.

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