“Rent Friend”: é isso mesmo?



Uma manchete que ilustra a mídia eletrônica causou alvoroço: “site aluga “amigos” nos EUA e Grã Bretanha a partir de R$17,00″!


A prática de “contratar” acompanhantes para festas e eventos é conhecida, no entanto a notícia se refere “ao aluguel de amigos”. Talvez pareça inicialmente estranho, na sequência a impressão se consolida como bizarra, considerando que a veiculação se dá no dia internacional da amizade. 


Entre nós brasileiros no dia 20 de julho comemora-se o dia do amigo. Aquele que “ouve” nas horas difíceis, que divide alegrias e tristezas com a mesma disposição solidária.


Nossas avós diriam que alugar um amigo é o “fim do mundo”, mas de fato não é. Essa mesma reação elas tiveram em 20 de julho de 1969 quando o homem pisou pela primeira vez no solo da lua.


Que paradoxo! A comunicação está mais ágil, mas não há destinatário para acolher a mensagem. Resta ao emissor trilhar um monólogo ou pagar para que alguém o escute, seja um ouvinte atento ao menos.


Um elixir para essa solidão poderia ser a vontade interna de ser reconhecido como cidadão. De participar, por meio do exercício da cidadania, das decisões que afetam a rua, o bairro, a cidade ou o país. Nessas esferas muitos ouvidores desenvolvem sua função para a melhoria da qualidade de vida, simplesmente “ouvindo” o que o cidadão tem a dizer.


Nessa lógica pode-se dizer que o ouvidor, por natureza vocacional, é o melhor amigo do cidadão!

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