Soft skills + hard skills + reskilling: a fórmula
para o sucesso!
A primeira vez que ouvi falar em soft skills e hard
skills foi no universo do suporte técnico. Como instrutora do HDI – Help Desk
Institute, fazia parte do treinamento explicar porque certificações técnicas sozinhas
não garantiam a satisfação do usuário. Não é produtivo interagir com um gênio
de TI que não entende nossa ansiedade, não explica como resolveu um problema e
não tem a sensibilidade necessária para compreender nosso desespero quando o computador
decide não funcionar como deveria, no meio de um trabalho urgente, claro. Ficamos
enfurecidos, frustrados, nosso mundo cai, porém, quando conversamos com um profissional
com habilidades de soft skill, o intervalo entre o desespero e alívio total é mais
rápido e tranquilo. Basicamente, não é o que se fala, mas como se fala.
O profissional que apresenta habilidades como
empatia, comunicação, interesse em solucionar conflitos, tem pensamento
criativo, é sociável, mostra flexibilidade, proatividade ou autoconfiança, para
citar algumas, tem a maturidade necessária para resolver problemas – não só de
TI, mas outros desafios. Estas características comportamentais fazem parte de
um set de habilidades conhecidas como soft skills – não são habilidades técnicas,
aquelas obtidas através de certificações profissionais, educação formal, etc. São
mais difíceis de serem ensinadas e portanto, muito valiosas e estratégicas aos
olhos dos recrutadores.
Diferente das soft skills, as hard skills são mais
fáceis de serem visualizadas num Curriculum: são tangíveis, possuem nome, data e local,
como por exemplo, uma graduação em determinada universidade durante um certo período.
Certificações técnicas, proficiência em idiomas, mestrados e intercâmbios também
fazem parte deste conjunto.
Mas o que soft ou hard skills tem a ver com
reskilling? Reskilling significa requalificação – é a habilidade essencial de adaptação
à era da inovação, disrupção, inteligência artificial e outros impactos, ou
seja, é atualização consistente e contínua do conhecimento, de modo que sua capacidade
permanece em sincronia com as demandas do segmento em que a empresa atua. É adquirir fluência digital, por exemplo, se
você trabalha numa empresa em que TI é a ferramenta básica para viabilização
dos negócios. Além disso, o reskilling aumenta
o grau de empregabilidade, cada vez mais necessária num momento em que os empregos
são escassos e as vagas requerem perfis cada vez mais antenados.
O reskilling demonstra o quanto o profissional pode agregar
em termos de inovação e criatividade a uma equipe ou empresa. Ganha quem chegar
mais rápido ao mercado e só os bons conseguem! Nesse contexto, soft skills,
hard skills e reskilling parecem ser a receita para o sucesso na carreira.
Gladis