Um novo cenário, inovador e inspirador para o Brasil. Esse foi o foco do debate do segundo painel do XII Encontro com Presidentes, que aconteceu ontem (27), em São Paulo. Após a palestra de Herberto Yamamuro, presidente da NEC, líderes de diferente mercados chegaram ao consenso da importância da inovação como motriz para o desenvolvimento do Brasil. “Temos que buscar esse novo Brasil, totalmente inovador”, afirma Valter Pieracciani, sócio e diretor da Pier Consult, que moderou o debate.
Na visão de Rodrigo Loures, presidente da Nutrimental e da Fiesp, o primeiro passo para isso acontecer passa pelo governo ouvindo os empresário e empreendedores para procurar novas soluções e ações para o país. “Temos lideres com muito conteúdo, mas não somos ouvidos”, afirma. Para ele o maior desafio é dinamizar de forma mais intensa a inovação nas empresas. “Nós precisamos discutir como podemos colaborar para podermos atuar nas eleições para eleger melhores candidatos e termos melhoras”, aponta.
Já para Cláudio Torres, diretor da DesenvolveSP , a grande pergunta é: como vamos recuperar o atraso que algumas empresas estão em relação à inovação? Para ele, as empresas estão divididas, entre as de mais inovação, que consequentemente produzem mais, e as que não investem nisso. “Nesse cenário, é necessário planejamento e foco para reverter a situação. Não precisamos do país crescendo todo na mesma velocidade, se tivermos ilhas que colaborem entre elas.”, explica.
O presidente da Vitaderm, Marcelo Schulman, vai mais longe, apontando a necessidade de investir em educação. Para ele, o problema não de falta de investimento em inovação, mas falta de boas ideias. O executivo destacou ainda a importância da indústria nacional, condenando a desindustrialização cada vez mais crescente no país. “Temos que trabalhar em um tripé. Academia, indústria e mercado, para que faça sentido o que a gente faz, de maneira sustentável”, afirma.
Finalizando o debate, Marcelo Epstejn, CEO do Uol, destacou a importância da inovação em tecnologia para o desenvolvimento do país e o aumento da participação dos clientes no feedback das empresas por meio da internet. “A capacidade de feedback e relacionamento se democratizou muito, todos – todas as classes sociais – tem o mesmo peso quando realizam reclamações”, afirma. O CEO reforçou também a necessidade de estar presente na internet. “Quem não está com os dois pés dentro está fadado a ser ultrapassado pela concorrência”, conclui.