A Classe C corresponde hoje a 50% da população brasileira, que recebe por volta de três a 10 salários mínimos na renda total da família. Os dados foram divulgados no Encontro ClienteSA IRC+ Fórum Witrisk 2011 por Márcio Falcão, do Data Popular. “É previsto que essa classe atinja 58% da população até 2014”, afirma. Outro dado importante divulgado pelo instituto de pesquisa é que a cada 10 cartões de crédito, sete pertencem a Classe C.
Em vista a essa tendência, Breno Costa, da WitRisk, conta que o mercado de crédito crescerá a patamares de 15%. Para Luiz Matos, da Golnaweb, é certo que haja esse crescimento, “mas precisamos entender o novo consumidor para trabalhar os indicadores”. Ele afirma que o VoeFácil sofreu um aculturamento para trazer o cliente para a internet, já que é necessário aplicar parcelas por conta de limites reduzidos.
Já Alexandre Lara, da Credsystem, diz ter uma visão otimista ao cenário que se espera, mesmo com a inflação sendo um pedágio para o ramo de crédito. “Se há necessidade de crédito, consequentemente, há uma bancarização maior”, observa.
Uma saída para o entendimento desta classe é aderir ao cadastro positivo. José Linhares, do Banco Itaú, afirma que para emplacar, o primeiro passo é criar um processo interno, além de parceria e agregar valor. Roberto Valente, do Cruzeiro do Sul, acredita que o mercado só tem a ganhar com o cadastro. “Há uma possibilidade maior de informações do cliente”, diz. E, Vander Nagata, da Serasa Experian, conta que está contente com a aceitação e o entendimento da ferramenta. “A Lojas Marisa já está aderindo ao cadastro positivo”, revelou.