A demanda por crédito do público feminino tem aumentado constantemente nos últimos anos, apesar do cenário de retração. Segundo Jorge Augustowski, diretor executivo de economia da Anefac, Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, o aumento é uma consequência de alterações sociais que vivemos. Ele cita que, atualmente, as mulheres são as principais responsáveis pelo sustento de 37% das famílias brasileiras. Em famílias de menor renda – até um salário mínimo -, o número de mulheres que administram as finanças é de 55%.
Entre as razões que levam a mulher a buscar crédito no mercado, Augustowski cita que as três mais importantes são necessidade, complemento de renda e empreendedorismo. Para sustentar a família, essas mulheres optam por começar novos empreendimentos, segundo Augustowski. “Em termos de pessoa jurídica, há uma participação cada vez maior no número de mulheres empreendedoras (…) representam a maior parte do público que toma empréstimo para tocar um pequeno negócio”, diz. Ele complementa com uma afirmação da ABCred, Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças. “A mulher é mais empreendedora que o homem. O negócio começa em casa. São mulheres multitarefa, que chefiam as famílias.”