As principais empresas dos setores de telecomunicações, serviços financeiros, supermercados e varejo assumiram compromisso de diminuir o número de reclamações dos clientes, dentro do prazo de um ano. As metas de redução e resolução de reclamações propostas por elas foram encaminhadas ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça no primeiro trimestre deste ano, a pedido do órgão.
A informação foi dada hoje por Ricardo Morishita, diretor do DPDC. Segundo ele, 15 das 16 empresas contatadas assumiram metas. “Este grupo de empresas foi selecionado porque representa o maior número de reclamações de clientes”, explica. Apenas a Oi não respondeu à demanda. Em nota, a operadora informou que o Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas “contém distorções que dificultam a análise exata do atendimento ao consumidor. Em decorrência da imprecisão na tabulação dos dados, torna-se inviável desenhar plano com prazo e metas considerando estes indicadores”.
No setor de telecomunicações, a empresa Claro se comprometeu a reduzir em 15% o número de atendimentos levados aos Procons no ano de 2010. Já a Tim se compromete com a redução de 25%. A Vivo estabeleceu como meta uma redução de 20% no número de atendimentos feitos nos Procons. No setor de serviços financeiros, o Banco do Brasil e o Bradesco estabeleceram a meta de 10% de redução para 2010. Já a Caixa e HSBC prometeram reduzir em 5% os atendimentos. Citibank e Santander definiram a meta de 15%. Para o banco Itaú a meta é reduzir em 13,8% os problemas.
As representantes do setor de supermercados e varejo também apresentaram metas de redução nas reclamações para 2010. O Carrefour Comércio se comprometeu a uma meta de 15% de redução. Já o Carrefour Financeiro e o Walmart têm como meta 5% de redução. Pão de Açúcar e Ponto Frio se comprometem com a redução de 30%.
Morishita explicou que o primeiro levantamento a respeito de como está o empenho dessas companhias será apresentado em dois meses e será chamado de barômetro. “Caso não cumpram suas metas, estarão mentindo para a sociedade”, avaliou. O diretor ressaltou que as punições que essas companhias já sofrem por outros tipos de irregularidades continuarão, independentemente do acordo assumido com o Ministério da Justiça. Clique aqui para verificar as metas de cada empresa.