Autor: Erik Penna
Muitas organizações querem melhorar os resultados e ampliar o desempenho de sua equipe, mas não sabem como ou por onde começar. Creio que a liderança é o cerne da questão e o caminho certo. James Hunter, autor do livro “O Monge e o executivo”, define liderança como a habilidade de influenciar pessoas a trabalhar entusiasticamente para atingir objetivos estabelecidos e em prol do bem comum. Ou seja, o papel da liderança é fundamental nas corporações bem sucedidas.
Presenciei na prática como o líder faz toda diferença enquanto fazia um curso no Instituto Disney. Lá descobri que a gestão de excelência busca o lucro, mas isso só acontecerá se existir: práticas de encantamento de clientes externos; funcionários satisfeitos, motivados e bem treinados; e uma liderança que ensine, inspire e transforme pessoas e resultados.
Assim, sugiro uma autorreflexão sobre sua performance e as sete práticas para a excelência na liderança que cito a seguir:
1) Paixão – É fundamental ter paixão pelo que se faz. Uma frase do filósofo Confúcio expressa bem esse conceito: “Encontre um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida”. Todos nós temos problemas, mas quando fazemos o que gostamos, a paixão vira amor, as dificuldades viram etapas e os resultados acontecem. E você, tem chegado entusiasmado no trabalho com aquela paixão do primeiro dia?
2) Comunicação – Como tem sido a comunicação com a sua equipe e pessoas ao seu redor? Tem uma frase do Duda Mendonça, um publicitário que eu gosto muito, que diz que comunicação não é o que a gente fala, mas sim o que o outro entende. Eu digo isso porque visito várias empresas em treinamentos e palestras, e percebo que alguns funcionários têm medo dos seus líderes. Quando eles estão em algum tipo de apresentação ou recebem instruções de seus superiores, dizem que entenderam por insegurança ou medo.
3) Meta – O filósofo Sêneca já disse: “Não existe vento favorável para o marinheiro que não sabe onde ir”. A meta precisa estar aliada a um bom planejamento e um ótimo monitoramento. Meta é saber aonde quer chegar, planejamento é como chegar, e o monitoramento é o acompanhamento que você precisa fazer para este processo ser efetivado com sucesso. Uma dica para ajudar a traçar uma meta corretamente está no sistema SMART, ou seja, ela precisa ser bem Específica, Mensurável, Alcançável, Relevante e Temporal.
4) Disciplina – É fazer o que tem que ser feito, ou seja, não adianta fazer apenas o que se tem vontade, e sim o que for necessário para conquistar o objetivo desejado. E mais: disciplina aliada ao foco. Tenho visto líderes atirando para todos os lados, esquecendo de focar naquilo que é realmente importante e precisa ser feito.
5) Motivação – Um grande líder precisa saber envolver as pessoas, motivar todos os integrantes da equipe. Com isso, conseguirá transformar interesses individuais em objetivos comuns. Segundo a teoria do especialista no assunto, o psicólogo David McClelland, a motivação é algo intrínseco, ou seja, de dentro para fora. Mas cabe ao líder criar um ambiente motivador para que o próprio colaborador se automotive. Fatores como desafios constantes, reconhecimento, elogio, possibilidades de crescimento profissional e um bom clima organizacional, favorecem para que os números e os resultados cresçam.
6) Resultados – Nada convence mais do que resultado, portanto não o troque por desculpas. Alguns líderes que não conseguem seus objetivos começam a se justificar e desculpar o tempo todo.
7) Equilíbrio – Um verdadeiro líder precisa saber administrar o tempo, conciliar a carreira profissional e a vida pessoal, para não correr o risco de ser apenas um grande líder profissional. Ele precisa ter tempo para poder cuidar dos outros pilares que compõem a felicidade, por exemplo, dedicar-se à família. Afinal, não há sucesso profissional que compense o fracasso pessoal.
O verdadeiro sucesso é ser feliz, portanto, aproveite intensamente cada momento, só assim a felicidade será plena.
Erik Penna é especialista em vendas, consultor, palestrante e autor de livros.