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Falta mão de obra qualificada



Falta de qualificação de mão de obra no Brasil. Este assunto nunca esteve mais em evidência como na atualidade e o motivo é o aquecimento da economia gerando demanda de empregos, porém sem pessoal qualificado para o preenchimento das vagas que surgem a cada dia, em diversos setores e níveis hierárquicos.

 

De acordo com Vladimir Valladares, diretor executivo da V2 Consulting, especializada em gestão, relacionamento com clientes e recursos humanos, a ausência de profissionais é uma das dificuldades encontradas pelas empresas para o seu crescimento e sustentação. “É uma tarefa difícil manter o equilíbrio entre quantidade e qualidade da mão-de-obra em setores que se encontram em franca expansão”.

 

O anuário de qualificação social e profissional feito pelo Dieese para o Ministério do Trabalho e Emprego demonstra bem este cenário ao revelar que 1.228.686 dos brasileiros economicamente ativos foram contratados ou desligados devido à falta de mão de obra qualificada no ano de 2007, sendo 529.862 apenas do setor de serviços. Ou seja, evidenciando um turn over que compromete as operações.

 

Um dos setores que tornou o problema mais evidente nos últimos meses foi o de atendimento ao consumidor, cuja mão de obra é formada por atendentes e operadores de telemarketing. Com a nova resolução do governo, que passa a exigir regras mais rígidas nos atendimentos, parte das empresas adotarão como solução de curto prazo a contratação de mais atendentes, o que caracteriza um processo crítico tendo em vista os problemas na formação básica educacional de grande parte dos brasileiros entre 18 e 24 anos, que é a massa empregada nos call centers.

 

Segundo Valladares, o setor de atendimento ao cliente ganhou notoriedade pelo volume de empresas e colaboradores envolvidos. Só no Brasil são mais de 675 mil empregos diretos, segundo relatório realizado pela ABT (Associação Brasileira de Telesserviços) de 2006. Para Valladares, este número hoje é significativamente maior.

 

Para este segmento, no qual o turn over é elevado, o investimento em formação profissional é algo vital, visto que o atual movimento revela contratações e demissões que apenas realocam os profissionais. “Falta um planejamento estratégico do governo para direcionar os cursos técnicos profissionalizantes e universitários para áreas em crescimento”, conclui o consultor.

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