Com um mercado de trabalho altamente comprador, a preocupação das empresas deve girar em torno de práticas que não permitam o desperdício de talentos e não estimulem a prospecção de empregos entre os profissionais, já que as previsões para este mercado são de fortalecimento e continuidade. Dessa forma, as empresas devem adotar uma estratégia para fixação e retenção de seus funcionários e implementar ações que não permitam que outras empresas atraiam seus colaboradores mais pró-ativos e atrevidos.
Para Antonio Luiz de Almeida Staut, sócio-fundador da StautRH – consultoria especializada em recrutamento e seleção de executivos – a estratégia de retenção de talentos adotada por uma empresa deve iniciar-se através do recrutamento interno de profissionais. “Com uma política clara, dinâmica e competitiva, deve-se oferecer remuneração e benefícios especiais para os profissionais de melhor desempenho, valorizando a prata da casa. Mas não se deve excluir a pesquisa de mercado, que é importante para balizar o posicionamento competitivo e as práticas adotadas pela empresa. Além disso, é importante manter programas publicáveis de ascensão e de desenvolvimento profissional contínuo para todos os colaboradores”.
Em pesquisa realizada pela StautRH com executivos paulistas, em dezembro de 2010, confirmou-se que há vagas para aqueles que buscam novas perspectivas no mercado. Dos 256 executivos participantes, 69% buscaram novas oportunidades durante o ano de 2010. Destes profissionais que proativamente procuraram por novos desafios, 90% participaram de pelo menos um processo seletivo e 31% acabaram por mudar de empresa. Tal situação confirma o aquecimento do mercado e alerta para a importância de uma boa política e práticas para retenção e fixação dos bons profissionais. “Apenas o salário, mesmo agressivo, não retém o profissional moderno. Tem força igual: a empresa cidadã, o ambiente de trabalho saudável, o crescimento profissional contínuo e o respeito à qualidade de vida do profissional”, ressalta Staut.