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Inspiração de equipes engajadas

Autor: Alexandre Velilla Garcia
Diante do furacão de mudanças que perpassa o ambiente corporativo contemporâneo (avanço da transformação digital, mudança de gerações, novos modelos organizacionais), empresas de todos os portes buscam entrar no compasso dos tempos atuais, aliando processos eficientes e inovação, a gestão de equipes harmônicas e integradas com os novos objetivos do negócio. No entanto, você já parou para pensar que todo esse processo de transformação interna depende, e muito, do lado emocional das pessoas? E, trazendo esse assunto a tona, afinal de contas, você sabe realmente o que significa Inteligência Emocional?
Segundo o pesquisador e psicólogo Daniel Goleman, um dos principais divulgadores do conceito de IE, ter inteligência emocional é muito mais do que ser simpático, calmo ou sociável. Para adquirir essa virtude é necessário, em primeiro lugar, ter uma consciência e gestão sobre si mesmo, ou seja, autocontrole emocional, resiliência, otimismo, compreensão e consciência de seus limites. Além disso, podemos associar inclusive a capacidade de identificar sentimentos e perspectivas de outras pessoas através da empatia, além do espírito natural de liderança e boa comunicação.
Nesse sentido, é possível dizer que investir no desenvolvimento de inteligência emocional – tanto pessoalmente, enquanto gestor, quanto na difusão de práticas que favoreçam o fortalecimento emocional de suas ES quipes -, pode ser um fator de peso para uma gestão de pessoas com altos níveis de engajamento e de excelência, o que é chave para o atingimento do desejável sucesso dos negócios, visto que, diante de conflitos ou situações de crise, colaboradores com inteligência emocional fortalecida terão maior capacidade de se saírem bem-sucedidos.
É possível, também, extrair o que cada colaborador possui de melhor para a otimização dos processos internos, e orientar, através de feedbacks, comportamentos e ações que devem ser evitadas naquele ambiente.
Outro ponto positivo a se considerar é a motivação dentro da companhia. Diante de um gestor que atue em parceria com seus colaboradores, de forma compreensível, empática e decisiva, e reconhecendo também as virtudes e o potencial de seu time, toda a equipe tende a se comprometer e a se motivar mais, fator que tende a gerar um ambiente altamente colaborativo, inspirador e aberto a mudanças.
Podemos apontar ainda o fato de que, uma vez preparado para os desafios corporativos por meio de uma inteligência emocional bem estruturada, o líder acabará sendo mais assertivo em suas tomadas de decisões, promovendo não só um local de trabalho harmônico, mas também eficiente e repleto de talentos que devem ser vistos como diferenciais competitivos dentro do mercado.
De acordo com estudo feito pelos autores do livro “Inteligência emocional 2.0”, Travis Bradberry e Jean Greaves, a inteligência emocional está ligada a 58% do sucesso profissional em qualquer carreira. Dessa forma, mediante suas funções de liderança, gestores e executivos devem buscar o constante desenvolvimento dessa capacidade que, por sua vez, favorece a compreensão do outro, o entendimento de seus pontos fortes e fracos, a resiliência e a flexibilidade para se adaptar a um dia-a-dia muito inconstante e cheio de desafios.
Outro dado relevante relacionado ao universo da motivação, automotivação e inteligência emocional, veio de uma pesquisa realizada com gestores americanos, que apontou que 50% dos colaboradores carecem de motivação para crescerem dentro da empresa. A pesquisa aponta ainda que 70% das iniciativas empresariais fracassam devido a problemas com pessoas – pontos estes, que só reforçam a importância da IE para as organizações contemporâneas.
O primeiro passo para essa transformação, sem dúvidas, deve vir do líder, que precisa encontrar em si a inteligência emocional para trabalhar com assertividade, auxiliando sua equipe e incentivando-a, mostrando que é possível atuar com garra e disciplina, superando as inúmeras pressões e cobranças cotidianas, além de eventuais atritos interpessoais que possam atrapalhar aquele ambiente.
Para desenvolver sua inteligência emocional, um trabalho contínuo deve ser feito, buscando aperfeiçoamento de sua autopercepção, percepção social, autogestão e gestão de relacionamentos. Obviamente que algumas estratégias podem ser implementadas, dentre as quais destaco:
– Procure lidar com suas emoções, entender o porquê daquele sentimento. Por exemplo, o nervosismo sobre determinado assunto.
– Procure conhecer seus valores e o que é realmente importante para você. Para facilitar esse exercício, busque feedbacks de outras pessoas e a avaliação de sua liderança, afinal, saber assimilar o que os outros pensam é sempre um caminho válido para o autoconhecimento.
– Reflita antes de tomar ações importantes. Agir impulsivamente pode ser muito prejudicial, tanto em tomada de decisões, como em relacionamentos interpessoais. É preciso pensar e repensar, elaborar as melhores ideias, estratégias e respostas para agir com mais precisão e maior controle de sua autogestão.
– Não traga problemas pessoais para o ambiente de trabalho. Busque o equilíbrio e entenda a importância de agir de modo profissional dentro de um espaço em que se espera muito de você.
– Foco no presente. Muitas vezes, por se perder em pensamentos ou preocupações que não tem resolução imediata, não só perdemos o foco para situações importantes do momento, quanto deixamos de ter atenção em nossas interações sociais.
– Seja comunicativo. Pois, ser capaz de dialogar, de manter a porta aberta e explicar suas decisões, fará com que as pessoas a seu redor se tornem mais compreensivas. Além disso, saber escutar o que os outros têm a dizer, como também reconhecer os próprios erros, é fundamental para um bom relacionamento.
O fato é que muitas ações podem ser tomadas para que desenvolvamos nossa inteligência emocional. Coisas simples – em especial – mas que farão muita diferença no trato com as pessoas e, principalmente, consigo mesmo.
No ambiente de trabalho, essas atitudes sempre serão bem-vindas, pois, com esse comportamento, não somente o líder, mas todos os colaboradores poderão atuar melhor em suas atividades. Aliás, não só melhor, mas também mais felizes, integrados e colaborativos. Quer receita melhor que essa para o sucesso na formação de equipes engajadas?
Alexandre Velilla Garcia é CEO do Cel.lep Idiomas.

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