A nova edição do Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots, relatório anual produzido pela Mobile Time, revela que setor de varejo assumiu, pela primeira vez, a liderança no ranking das verticais com maior demanda por projetos de robôs de conversação, apontado por 23% das empresas respondentes. No ano passado, a liderança era do setor financeiro, agora indicado como principal canal por 17% das organizações. O setor de Telecomunicações se mantém na terceira posição.
O atendimento ao cliente continua sendo, disparado, a principal finalidade para o desenvolvimento de robôs de conversação: 63% das empresas do setor informam que esta é a finalidade com maior demanda. Trata-se de um percentual bastante similar ao registrado no ano passado (64%). Em seguida, os outros três propósitos mais procurados no mercado são apoio ao back office, vendas e cobrança, nesta ordem. A lista é idêntica à registrada em 2020, mas houve um crescimento um pouco maior no percentual que indica apoio ao back office, que passou de 7% para 9%, assumindo a segunda posição. Isso está relacionado à transformação digital das empresas nacionais durante a pandemia.
WhatsApp absoluto
Em comparação com a edição do ano passado do Mapa, o WhatsApp aumentou ainda mais o seu domínio neste mercado. Praticamente um em cada dois desenvolvedores de robôs de conversação informam que o aplicativo de mensageria é o canal no qual há mais bots em atividade – o percentual subiu de 41% para 47% em um ano. Além disso, segundo Fernando Paiva, editor de Mobile Time, é quase impossível encontrar um desenvolvedor de bot que nunca tenha feito um robô de conversação para o WhatsApp. O percentual que já produziu um bot para o referido aplicativo de mensageria passou de 88% para 95% em 12 meses.
Quase 2,8 bilhões de mensagens mensais
Em um ano, a quantidade de robôs de conversação em atividade no Brasil praticamente dobrou, passando de 24 mil para 47 mil, um aumento de 74%. Em média, cada um desses robôs conversa com 5,5 mil pessoas diferentes por mês e registra um tráfego mensal de 58 mil mensagens. O volume total de mensagens trocadas pelos bots em atividade no Brasil por mês aumentou 27% no mesmo período, subindo de 2,2 bilhões para aproximadamente 2,8 bilhões.
De acordo com Paiva,, parte da popularização dos bots pode ser atribuída à pandemia e à necessidade de digitalização de processos das empresas. O mapa apurou que 82% das companhias entrevistadas declaram que a pandemia do novo coronavírus provocou um aumento na demanda por chatbots em seus negócios. No ano passado, 76% disseram o mesmo e apenas 2% afirmam que a procura, ao contrário, diminuiu durante a pandemia – mesma proporção registrada em 2020.
O relatório integral pode ser baixado AQUI . O documento também inclui um guia com os dados comerciais de todas as empresas que participaram da pesquisa.