Com investimento de R$ 10 milhões, vindo de recursos próprios, a SPCom traçou um projeto comercial e social, envolvendo a ampliação de infra-estrutura e geração de empregos. Desse projeto, nasceu uma mega-sede de 10.800 metros quadrados no bairro da Água Branca, nas proximidades da Avenida Francisco Matarazzo, em São Paulo. Mantendo as instalações da Avenida Paulista, a empresa pretende, ao final da execução de seu projeto, ampliar seu número de PAs e chegar próximo a cinco mil funcionários.
A grandiosidade do projeto pode ser avaliada pela infra-estrutura, cuja construção conta com três quilômetros de cabos de linhas telefônicas, outros 14 de informática e 1.000 kvas de instalação elétrica. O empreendimento ainda inclui fatores considerados pouco comuns às empresas do ramo de tele-atendimento como o projeto Horta & Pomar, jardins com plantas nativas da região, diversos tipos de flores que garantirão aroma o ano inteiro e até arvores em extinção, como o Pau-brasil, canteiros de espécies diversas de hortifrutigranjeiros, trepadeiras e arbustos. São 10.800 metros quadrados ocupados por dois galpões horizontais, dentro do qual estarão, após o término de todas as instalações, 2.253 pontos de atendimento, além de dependências diversas, como salas para oficinas de arte, treinamento de funcionários, biblioteca e lanchonete. Além de quadra poliesportiva, pista de cooper, academia de ginástica, horta, pomares, ampla jardinagem e estacionamento, localizadas em torno dos galpões.
A arquiteta Francisca Angeli, uma das responsáveis pela concepção da obra, juntamente com Sílvia Bressiani e Orpheu Zamboni, explica que o objetivo do projeto, definido pela SPCom, foi de associar dois aspectos centrais na operação de um call center: tecnologia e potencial de recursos humanos. “Desde o princípio, o propósito foi evitar inserir as operações da SPCom num edifício tradicional de escritório, optando pela construção de um edifício de aparência industrial e paradoxalmente concebido para a realidade de um call center”, comenta Francisca.
A nova sede da SPCom reúne todos os elementos possíveis para integrar funcionários, clientes e toda a comunidade num grande plano de responsabilidade social e ecológica. Sob a coordenação da vice-presidente do GEA, Ana Maria Domingues Luz, o projeto ambiental para a nova sede passa a abrigar o desenvolvimento de atividades ambientalmente adequadas e voltadas ao cultivo orgânico. A empresa estenderá para populações carentes seus projetos de aprendizagem de ofícios relativos ao cultivo da terra, os quais, por enquanto, serão destinados aos funcionários.
Planejamento Arquitetônico para traduzir concretamente a filosofia da SPCom
O conceito de transparência total – um dos lemas da SPCom diante de seus profissionais e dos clientes – foi bastante explorado pelos elementos arquitetônicos da obra. Logo na entrada principal da empresa, há um mezanino preparado para que os clientes possam ver e acompanhar, por meio de paredes de vidro, toda a operação dos pontos de atendimento da empresa. A diretoria da SPCom também tem vista privilegiada para as PAs. A transparência se estende ao setor de tecnologia: há vidro nas paredes das salas que concentram os equipamentos principais. Paredes de vidro também estão numa das áreas mais lúdicas da empresa, as oficinas de arte. Neste espaço de 160 metros quadrados, os funcionários da SPCom podem manter atividades que já viraram rotina na antiga sede da empresa, na Avenida Paulista. O primeiro galpão da sede, já em funcionamento, abriga 800 PAs, equipamentos de tecnologia, auditório, diretoria e departamentos de administração e gestão de todos os pontos de atendimento, inclusive daqueles que atuarão no segundo galpão, que será composto exclusivamente por PAs.