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A corrida pelo melhor “time to market”

A falta de confiança no mercado brasileiro que a pouco se fazia presente de forma acentuada já começa a se dissipar. Com isso, embora ainda não de forma tão acentuada, alguns números positivos dão sinais de que empresas, governos e pessoas estão tentando apostar novamente em inovação. Nesse sentido, o mercado está cada vez mais atendo às oportunidades que se abrem. “A transformação digital começa a sair do papel. E a corrida pelo melhor ´time to market´ estão intensificadas”, pontua Breno Barros, diretor global de inovação e negócios digitais da Stefanini. É nesse cenário que despontam as parcerias entre empresas já consolidadas e as startups. 
De acordo com o executivo, o que muda na revolução digital em relação às demais revolução vividas pela sociedade é a velocidade com que tudo muda. Diante disto, fazer tudo de maneira orgânica trará muito mais risco para qualquer empresa. “Assim, as parcerias e a aplicação do modelo em redes são essenciais para a sobrevivência de todos”, completa. No caso da Stefanini, a busca foi por fortalecer sua estratégia de oferta de soluções para jornadas digitais. “Temos um programa de parceria diferenciado com as startups, onde colocamos força de vendas e esforços para integração e melhorias de suas soluções dentro de ofertas mais robustas. E medimos esses resultados frequentemente, onde aquelas que se destacam ou possuem maior sinergia conosco têm prioridade de aquisição futura.” Em entrevista exclusiva, Barros fala sobre como as startups estão movimentando o mercado e os benefícios das parcerias com essas empresas.
ClienteSA – Atualmente, qual a importância das startups para o mercado?
Barros: Na visão da Stefanini, as startups têm um papel essencial para provocar mudanças e questionar o “status quo” dos modelos operacionais atuais de mercados e, principalmente, de relacionamento com clientes. Nem sempre todas avançam para estágios mais avançados de maturidade empresarial, mas enquanto estão ativas atuam no sistema afetando o sistema imunológico (resistências, ibéricas, burocracias etc) e fazendo que o mesmo crie “anticorpos” (todos os pilares – empresas, governos e pessoas) reajam positivamente para a evolução dos modelos de negócios e relacionamentos.
Qual o grande diferencial dessas empresas?
Variam em cada uma. Mas em linhas gerais, essas startups possuem o diferencial de serem extremamente focadas e obsessivas em resolver problemas reais de clientes, seja visando melhor eficiência ou experiência. São mais “apaixonadas” pela resolução do problema em si, do que pelo tecnologia ou produto. E por terem estruturas nativamente ágeis e flexíveis, não se prendem a “vacas sagradas” para mudar (pivotar) alguma tecnologia e/ou processos para resolver de fato o problema em que se propõe sanar.
O que isso traz de ganho para ambas as empresas?
 Para empresas tradicionais, os ganhos estão na absorção de uma cultura mais ágil, adoção de processos de inovação (incremental e/ou disruptivas) baseado em experimentação, aprendizado contínuo e orientação maior ao problema que se pretende resolver – sem apegos a processos ou tecnologias atuais. Para as startups, os ganhos estão na abertura de portas com grandes clientes, que possivelmente não teriam acesso devido ao seu tamanho financeiro nos processos tradicionais de compras. Além disso, normalmente as startups resolvem um ponto significativo do problema, mas precisa se conectar com um legado – no qual não possuem expertise – e nesse cenário, as empresas tradicionais estão mais acostumadas com essa integração. Por fim, outros ganhos como: orientação para internacionalização sustentável, robustez e escala nas ofertas (visto que sua solução somada a outras que empresas tradicionais possuem podem ser aplicadas em diversas jornadas, além da inicialmente pensada).
Por que vocês decidiram ir por esse caminho?
Justamente pelas vantagens acima citadas e, principalmente, por nos posicionarmos como um integrador de soluções digitais de maneira pragmática. Buscamos startups que tenham soluções que se encaixam em nossas ofertas, atuando como um acelerador em alguma etapa de implementação das jornadas digitais, onde nosso papel é garantir que essa solução se integre facilmente com nossas demais soluções e com o ambiente legado do cliente.
Como funciona a parceria de vocês com as startups?
Temos um programa de parceria diferenciado com essas startups, onde colocamos força de vendas e esforços para integração e melhorias de suas soluções dentro de ofertas mais robustas. E medimos esses resultados frequentemente, onde aquelas que se destacam ou possuem maior sinergia conosco têm prioridade de aquisição futura. 
Quais têm sido os resultados para os clientes?
Diversos. Desde a simplificação do seu dia a dia, como facilidade de compras, facilidade para tomar crédito, uso de modelos mais “justos” de consumo, em que se paga, de fato, baseado no que se usa. Além disso, os resultados se refletem em eficiências operacionais. As tecnologias das startups, cada vez mais baratas e acessíveis, simplificam e desmaterializam os processos internos. E isto impacta a saúde financeira da empresa que repassa para seus clientes finais.

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