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Rodrigo Farah, head de brand da Shopee

A hiperlocalização de marca na conquista os brasileiros

Executivo da Shopee descreve os caminhos que explicam o crescimento da plataforma asiática dentro da realidade brasileira

De março deste ano a fevereiro de 2024, o número de vendedores brasileiros habilitados a atuar com o live commerce da Shopee terá saltado de cerca de 300 para mais de 100 mil pessoas. Esse é um dos dados que expressam a magnitude da expansão da marca criada há quatro anos, em Singapura, e que atua com sede e colaboradores em solo brasileiro. Um dos segredos apontados pela empresa, além de aspectos de usabilidade e gamificação que a aproximam do consumidor, está a preocupação em “hiperlocalizar” a marca para a realidade brasileira, inclusive se apropriando de um jargão criado pelo próprio consumidor local, que é o “olha na Shopee”, surgido espontaneamente no fluxo de usuário para usuário do aplicativo. Detalhando os aspectos tecnológicos e estratégicos dessa atuação bem-sucedida no Brasil, Rodrigo Farah, head de brand da Shopee, participou, hoje (11), da 831ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.

Mesmo estando no País há quatro anos, atualmente um em cada quatro consumidores locais visitam mensalmente a Shopee, de acordo com o executivo. Somente de vendedores, já são três milhões de brasileiros cadastrados no app, que respondem por 90% dos negócios feitos junto aos consumidores locais. Convidado a explicar sobre os principais motivos que permitiram à empresa alcançar esse êxito em tão pouco tempo, Rodrigo disse que esse aspecto positivo se expressa também pelo fato da Shopee já possuir uma sede no Brasil, com vários centros de distribuição e milhares de colaboradores brasileiros. Entre os fatores preponderantes para essa rápida consolidação, o executivo aponta a simplicidade oferecida em relação à experiência de consumo.

“O fato de uma operação de compra ser assim, além de intuitiva e divertida, permitindo, com poucos cliques, inclusive, obter a rápida consulta a opiniões de outros compradores, tem sido um dos fortes diferenciais, junto com os benefícios econômicos oferecidos aos usuários.”

Depois de detalhar parte dessas vantagens, Rodrigo apontou também, como significativa alavanca da consolidação, o trabalho de marca que é feito dentro do que chama de “hiperlocalização” no perfil, cultura e costumes do consumidor brasileiro. Ou seja, para ele, a conjunção desses três pilares – usabilidade do aplicativo, benefícios financeiros e customização local – permitem entender o porquê do sucesso rápido.

Nessa linha, ao ser indagado sobre o papel que o live commerce tem exercido no crescimento do negócio, o executivo lembrou que, efetivamente, de acordo com pesquisa da Opinion Box, mais de 40% das pessoas que compram on-line já o fizeram algumas vezes por meio desse meio de influência. “Nos países asiáticos esse já é, provavelmente, o principal modelo de compra pela internet, crescendo de forma expressiva nas demais regiões do planeta. Mesmo porque, embora aconteça agora pela rede mundial de computadores, não se trata de um modelo novo, pois já era praticado nos meios de comunicação mais tradicionais, como rádio e TV.” Para o head, a grande novidade, que seria uma espécie de terceira onda do live commerce, está no fato de acontecer agora também por aplicativo mobile, sendo esse um dos principais vetores da expansão da Shopee no Brasil. Como exemplo da aceleração dessa realidade, Rodrigo mencionou que o número de 300 vendedores habilitados para lives no começo do ano subiu para mais de 50 mil em menos de nove meses. Na sua concepção, isso representa não só um crescimento exponencial como aponta para uma tendência contínua, pois o live commerce expurga, antecipadamente, os eventuais atritos que poderiam ser gerados em outro tipo de compra on-line.

Ao explicar de que forma a tecnologia tem ajudado a avançar em um mercado super competitivo, Rodrigo detalhou a estratégia de gamificação inserida na experiência do usuário com objetivo de dar mais sensação de poder, segurança, leveza e bem-estar ao em uma jornada de compra. Já sobre o efeito do retorno ao mundo das compras presenciais no pós-pandemia, o executivo indicou que a plataforma é parceira nesse processo. “Temos no nosso ecossistema a parceria com que chamamos ali de lojas oficiais, que já são 400 grandes marcas da indústria e do varejo, todos com seus locais de venda próprios dentro da Shopee. Por esse meio, ao invés de sermos concorrentes da compra presencial, principalmente com o recurso do live commerce, aproximamos vendedores de consumidores, onde quer que ambos estejam. Tanto que, até o próximo mês de fevereiro estamos prevendo já haver dobrado a quantidade dos 50 mil vendedores mencionados.”

Houve tempo para o head expor como são feitos os treinamentos para esses sellers de live commerce em todo território nacional e a vantagem do modelo em induzir o cliente a aproveitar para conhecer produtos que sequer estavam no seu radar de consumo. Ele também reforçou o quanto o app no Brasil é diferente do que é oferecido em outros países, demandando muito estudo mercadológico, cultural e de hábitos locais, com constantes atualizações tecnológicas estratégicas e de conteúdo. O executivo respondeu ainda  questões envolvendo o impacto, para a marca, da taxação governamental sobre produtos asiáticos importados, o embarque de IA para automação de processos e o fator humano na atuação da empresa, entre outros temas.

O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 830 lives realizadas desde março de 2020, em um acervo que já passa de 2,5 mil vídeos sobre cultura cliente. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (12), com a presença de Pedro Cespi, head da Invight, que abordará a construção de comunidade com rede social de investimentos; na quarta, será a vez de Mayra Borges de Souza, vice-presidente de negócios na Getnet Brasil; na quinta, Roberto Madureira, diretor de CX da Ligga; e, encerrando a semana, o Sextou tratará do tema “Cultura cliente: Como fazer a diferença, no corre-corre das festas?”, reunindo Edinelson Santos, diretor de atendimento ao cliente do Grupo Casas Bahia, Luciana da Mata, head de customer experience da Azul, Marcio de Souza, diretor sênior de customer service do Mercado Livre no Brasil, e Marcos Davidiuk, head of Digital Labs da ddCom Systems.

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