Executivo do Pinterest explica de que forma a rede social vem permitindo que as marcas se insiram na plataforma contribuindo para a experiência de consumo
Diante da crescente propensão das redes sociais se tornarem uma ponte entre consumidores e marcas, o Pinterest vem avançando em seu processo, iniciado há cerca de três anos, de ser um ecossistema de ativação de campanhas, aproveitando-se do fato de ser uma plataforma que coleciona imagens para inspiração de pessoas. Ou seja, uma forma das empresas inserirem seus produtos e soluções em meio aos pins que satisfazem os objetivos de usuários caracterizados por pessoas de mentes abertas para se inspirarem em projetos e decisões. Com 460 milhões de usuários no mundo, sendo 80 milhões na América Latina dos quais 37 milhões são brasileiros, que visitam a plataforma mensalmente, a rede garante que acertou cerca de 80% de todas as tendências de consumo apontadas por ela com base em pesquisas na própria plataforma. Ao abrir espaço para os anúncios das marcas, pretende agora ser também fonte de monetização para marketplaces, empresas e geradores de conteúdo, conforme explicou, em detalhes, hoje (07), Rogério Nicolai, head de varejo, moda e home no Pinterest Brasil, durante a 752ª edição da Série Lives – Entrevista ClienteSA.
Ao descrever sobre as origens da rede social criada em 2010, Rogério contou que seus fundadores, nos Estados Unidos, se utilizavam naquela época de seus próprios computadores para guardar ideias inspiradoras sobre projetos pessoais e profissionais, tudo em pastas virtuais. Percebendo o incômodo que representava procurar por esses arquivos sempre que necessitavam recuperar as inspirações, surgiu a ideia de criar uma plataforma que ajudasse as pessoas que, como eles, precisavam encontrar com mais facilidade esses guardados. Ou seja, bastaria postá-las em um pin dentro de uma plataforma, com esses motivos inspiradores catalogados, organizados dentro do perfil do usuário e, assim, posteriormente, localizar com facilidade e rapidez. Nesse sentido, ao atingir a marca de quase meio bilhão de usuários, o executivo acredita que isso se torna uma valor ao mostrar quão relevante a plataforma pode ser no dia a dia das pessoas.
Sobre o significado de quase 10% dessa base estarem no Brasil, Rogério destacou que o País é o segundo no ranking da plataforma em quantidade de frequentadores, perdendo apenas para os Estados Unidos. Segundo ele, dada essa relevância adquirida na América Latina, a empresa começou, há cerca de três anos, o processo de monetização com a inserção de anúncios na plataforma dentro da região, que apresenta as melhores taxas de crescimento. O fato do público brasileiro ser notoriamente um dos mais engajados chamou a atenção da liderança global nesse sentido. A partir dessa linha, ao ser indagado se não haveria o risco de, ao invés de se manter como uma rede que inspira tendências a partir das postagens individuais, passar a se tornar também um cenário de vitrines virtuais das empresas, nos moldes de um marketplace, o head aproveitou para detalhar de forma mais profunda o conceito de reinvenção do ecossistema.
“O primeiro fator que destaca e diferencia a plataforma é o fato de ela se caracterizar por um lugar que as pessoas visitam com a mente aberta. E isso é confirmado pelo fato de quase não haver, no sistema de buscas da rede, a indicação de marcas citadas pelos consumidores. O que as pessoas procuraram em nosso espaço são ideias e motivos inspiradores, seja em termos de itens pessoais, objetos para a casa, soluções em moda ou decoração, etc.”
Na concepção do executivo, quando as marcas oferecem sugestões relevantes no caminho dessa busca do usuário, deixam de ser uma interrupção na jornada do mesmo ali dentro. Ao contrário, fazem parte da solução inspiradora que motivou a busca. Nesse aspecto, ele concorda que a plataforma se insere sim em uma visão positiva de marketplace, pois o objetivo é que tanto os consumidores, ao serem inspirados na sua procura livre e espontânea, encontrem a solução para sua dor, como os anunciantes obtenham sucesso comercial ao atuarem dentro do espírito que move o lado conceitual da plataforma. Para Rogério, o usuário do Pinterest representa valor. Com a mente arejada e disponível para se inspirar no encontro de soluções, agindo antes de visitar as outras redes, ele quer receber inspirações na sua jornada de exploração ou consumo. “Não se trata daquele seguidor de mídia social em busca de entretenimento, mas de uma pessoa que tem um plano ou uma meta e entra na plataforma à procura de uma inspiração para resolver seus dilemas. Com nossa base representativa de usuários e essa intencionalidade ajudada pela tecnologia que permite ao consumidor transitar rapidamente para o ecossistema do anunciante, isso acaba sendo muito positivo para ambos os lados”.
Na sequência, o head explicou como funciona o sistema que se utiliza de algoritmos para disponibilizar os pins na busca do usuário, entre os quais se inserem os anúncios, e a forma como se pode chegar ao resultado final para a satisfação dos dois lados interessados e envolvidos. Ele também contou como funciona um dos principais pilares do Pinterest, que é a geração de conteúdo atrativo, feito por um robô que indexa imagens à plataforma, além de times especializados na geração própria e os publishers. “Qualquer pessoa pode ser um dos geradores desse conteúdo, com suas postagens, ajudando a construir esse conjunto de milhões de imagens que apontam tendências e inspiram”, afirmou o executivo, complementando com a forma como todos esses agentes são monetizados, tudo à base da relevância dos conteúdos incluídos.
Rogério também detalhou a forma como é dado o suporte para agências de publicidade e marcas colherem resultados dentro do ecossistema, além de aprofundar em temas tais como o perfil e o comportamento dos usuários, o crescimento da geração Z no Pinterest, as estratégias de ativação para as marcas, etc. Ainda destacou o “Pinterest Predicts” relatório com as principais previsões da plataforma sobre tendências em todas as áreas, publicado uma vez por ano, disponível para todos no site da companhia.
O vídeo, na íntegra, está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 751 lives realizadas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A Série Lives – Entrevista ClienteSA terá sequência amanhã (08), com a presença de Claudio Olimpio, cofundador e CEO da Greener, que abordará a inovação e a tecnologia a favor da preservação ambiental; na quarta, será a vez de Henrique Striker, diretor de marketing para tintas decorativas da AkzoNobel Latam (Coral, Coralit, Sparlack e Hammeritte); na quinta, Igor Morais, fundador e CEO da Kings Sneakers; e, encerrando a semana, o Sextou debaterá o tema “Geração Z: Eles chegaram… E agora, como atender suas expectativas?”, reunindo, Camila Nunes, diretora de marketing e Prime da Amazon Brasil, Luiz Menezes, fundador da Trope, Renata Brigatti Lange, head de marketing do Bob’s, e Antônio Nakad, cofundador e CMO da NG.Cash.