Um ponto relevante é que a regulamentação da IA Generativa (IAG) tem o potencial de equilibrar os benefícios da tecnologia com os riscos associados, promovendo seu uso ético e responsável
Autor: Caio Laurino
A aplicação de Inteligência Artificial (IA) já é realidade em 72% das empresas no mundo todo, independentemente de área ou setor. É o que aponta a pesquisa “The state of AI in early 2024: Gen AI adoption spikes and starts to generate value” da McKinsey. No caso das marcas, a IA Generativa tem sido protagonista de diversas formas, impulsionando a inovação, a criação de conteúdo personalizado e melhorando a experiência do cliente.
Segundo um estudo da YouGov Surveys, em 17 mercados internacionais, menos da metade dos entrevistados se sentiria confortável com o uso desses sistemas de inteligência artificial em várias tarefas de marketing, por exemplo. Outros recortes que nos mostram o levantamento é que 43% aceitariam gerar descrições com o ChatGPT ou um sistema semelhante em vez de contratar copywriters. Mas apenas 34,1% prefeririam um embaixador virtual a contratar um influencer ou uma celebridade.
Um ponto relevante deste processo é que a regulamentação da IA Generativa (IAG) tem o potencial de equilibrar os benefícios da tecnologia com os riscos associados, promovendo seu uso ético e responsável em benefício da sociedade como um todo. Isso ajudará a garantir que a IAG seja uma força positiva para a inovação e o progresso, enquanto minimiza possíveis impactos negativos. Tal movimento é possível verificar nas seguintes atividades:
Publicidade e marketing
A criação e personalização de conteúdo é evidente em diversas marcas hoje em dia. Como na Adobe, que tem usado IA Generativa para criar anúncios e conteúdo visualmente impactante de maneira automatizada. A IBM, por exemplo, criou música a partir de um discurso do ex-presidente Barack Obama. Enquanto artistas têm utilizado a tecnologia para gerar obras de arte originais. A IAG tem sido usada para criar campanhas de marketing personalizadas, adaptando anúncios e mensagens às preferências individuais dos consumidores. Assim como para gerar logotipos e identidades visuais que representem a essência da marca.
Design de produtos
Referências da moda como a H&M têm utilizado a IA Generativa para criar designs de roupas únicos e exclusivos. E fabricantes de calçados têm oferecido a possibilidade de os clientes personalizarem seus próprios sapatos usando IA Generativa.
Experiência do cliente
As marcas estão empregando chatbots baseados em IA Generativa para fornecer suporte ao cliente em tempo real, respondendo a perguntas e resolvendo problemas. E as plataformas de streaming estão a IAG para recomendar músicas, filmes e séries com base no histórico de preferências do usuário.
Tais exemplos evidenciam a maneira como a IA Generativa está sendo usada por marcas para aumentar a eficiência, a criatividade e a personalização em várias áreas. No entanto, é importante considerar os aspectos éticos e garantir que a tecnologia seja aplicada de maneira responsável e transparente.
Caio Laurino é cofundador e CIO da Maitha Tech.