Autor: Márcio Leitão
Mesmo com a pandemia, o Brasil não parou de comercializar veículos. Para se ter uma ideia, dados da KBB Brasil mostram que, somente no primeiro semestre deste ano, a venda de carros usados cresceu 63% em relação ao mesmo período do ano passado. Aliado a isso, o brasileiro é a população que mais troca de carro no mundo, segundo o levantamento Connected Car Industry Report, realizado pela Telefônica.
Parte desse sucesso se deve às concessionárias digitais, um novo modelo de negócios para quem deseja comprar ou vender seu automóvel e que tem se mostrado uma verdadeira tendência entre os consumidores. Se antes era preciso ir pessoalmente até uma loja física para trocar de veículo, agora tudo pode ser feito de forma totalmente segura e remota, para a comodidade de todos.
Sendo assim, vamos listar abaixo as principais vantagens desse modelo de negócios e porque ele deve ser considerado tanto para quem quer vender quanto para quem quer comprar um carro novo. Confira:
1 – Não é necessário deixar o carro consignado
Um dos maiores problemas para quem está vendendo seu carro é a necessidade de deixá-lo consignado em uma concessionária física. Dessa maneira, o proprietário fica impedido de utilizar o próprio veículo e precisa arrumar outros meios para se locomover.
Já na concessionária digital, isso não ocorre. Um avaliador comparece até a residência de quem está interessado em vender e ali mesmo já faz uma análise do automóvel, cadastrando as informações na plataforma digital de forma instantânea. Dessa maneira, enquanto o veículo não é vendido, o proprietário pode continuar utilizando-o sem problemas.
2 – Sem burocracias
Tanto para comprar quanto para vender carros, sabemos a burocracia que é, não é verdade? Quando se opta por uma concessionária digital, nada disso acontece. A empresa se encarrega de todo o “trabalho chato”, como a checagem de multas, financiamento e o processo de transferência de propriedade. Dessa maneira, além de não precisar se preocupar com esses detalhes, o usuário economiza dinheiro com despachante.
3 – Comodidade
Ao invés de peregrinar por diversas concessionárias atrás do automóvel que mais lhe agrada, o comprador tem acesso a tudo o que precisa por meio de uma tela, que pode ser de celular ou computador. Por ali, consegue filtrar as informações de acordo com as suas preferências de veículo, seja pelo modelo, marca, cor, ano, etc.
Dessa maneira, por exemplo, um comprador da cidade de Mogi Guaçu, em São Paulo, consegue obter um veículo que esteja disponível em Fortaleza, no Ceará, sem dificuldades. E quem está vendendo o carro não precisa se preocupar com divulgações constantes, pois um corretor de veículos (auto broker) faz todo o trabalho de comercialização e intermediação com os interessados a todo momento. Ao usuário só cabe cadastrar o carro na plataforma e relaxar.
Além disso, existe a figura do car hunter. Esse profissional literalmente é um caçador de carros, pois sua função é conseguir para o consumidor exatamente o que ele procura. Caso aquele automóvel em questão não esteja na plataforma, ele busca por outros meios até consegui-lo.
4 – Preços mais acessíveis
Em concessionárias físicas, o preço dos automóveis acaba sendo mais elevado por diversos motivos, principalmente por conta dos encargos dos veículos consignados. Temos que ter em mente que a cada carro que o lojista coloca em seu espaço físico, são diversos gastos que ele tem como IPVA, licenciamento, revisão, martelinho de ouro, etc. Se somarmos isso com toda a frota, tem um preço exorbitante que acaba sendo repassado ao consumidor no preço final.
Nas concessionárias digitais, as negociações são feitas diretamente com os proprietários dos veículos, por intermédio do auto broker. Como não há toda essa questão dos valores, já que nessa modalidade cada carro fica com seu respectivo dono até a venda e o auto broker apenas ganha uma comissão por carro vendido, é possível negociar um valor mais amigável.
Marcio Leitão é fundador e CEO do Grupo BMZ.