Roberto Moron, vice-presidente de inovação para América Latina da Fiserv

Brasileiros apontam o futuro dos meios de pagamento 

Pix, carteira digital e QR Code serão os mais comuns nos próximos 10 anos

Os consumidores brasileiros pretendem utilizar os novos meios de pagamento nos próximos 12 meses, período em que a disponibilidade em usar o Pix (91%) é predominante. A carteira digital (80%) e a leitura de QR Code (73%) também estão entre os meios de pagamento preferidos. Apesar da popularidade das redes sociais, os pagamentos por WhatsApp, Facebook e Criptomoedas ainda são considerados distantes. 

Os dados fazem parte do estudo “Carat Insights – Futuro dos Meios de Pagamento”, divulgado pela Fiserv, Inc, empresa global especializada em pagamentos e tecnologia de serviços financeiros, apresenta o resultado da pesquisa com indicadores sobre a disponibilidade dos brasileiros em experimentarem soluções de pagamentos digitais nos próximos meses e como eles preveem os meios de pagamento em 10 anos.  A pesquisa, encomendada junto ao Instituto Locomotiva, revela ainda o impacto dos influenciadores digitais nesse cenário.

Os respondentes apostam que a predominância dos pagamentos digitais deve continuar, antecipando que o Pix (91%), carteira digital (82%) e QR Code (81%) serão os meios mais comuns na próxima década. “O sucesso do Pix confirma a crescente inserção dos brasileiros no mundo da economia digital e aponta o potencial de crescimento que ainda existe no setor. E a criação de novos produtos como o Pix Saque, Pix Troco e Pix Cobrança; além dos próximos lançamentos previstos pelo Banco Central como Pix internacional e Pix off-line deverão impulsionar este avanço”, afirma Roberto Moron, vice-presidente de inovação para América Latina da Fiserv.

Embora as transações com Pix venham crescendo em ritmo acelerado, aproximadamente 30% ao mês, o sistema de pagamentos e transferências de valores tende a se expandir ainda mais, já que os pagamentos realizados por pessoas físicas para empresas representam apenas 17% do total de transações com Pix, segundo dados do Banco Central.

Para acelerar a aceitação do Pix como meio de pagamento pela automação comercial, os varejistas precisam contar com uma solução que possibilite, de maneira simplificada e ágil, a integração com diferentes Provedores de Serviços de Pagamento (PSPs).

“A Fiserv está pronta para atender a esse futuro dos meios de pagamento e, pensando nisso, concebeu um hub integrador de múltiplos Pix com capacidade para conectar mais de 130 mil estabelecimentos comerciais, integrando assim mais de 400 mil pontos de venda (PDV) e um milhão de terminais móveis. Por meio do SiTef (Solução Inteligente de Transferência Eletrônica de Fundos) facilitamos a conexão entre o banco e as principais automações comerciais para um Pix de forma simples e com agilidade”, assegura Moron.

Além de apontar que meios de pagamento serão mais utilizados em 10 anos, “Carat Insights” também procurou responder quais meios de pagamento devem deixar de existir ou se tornar menos comuns. O cheque, por exemplo, foi usado por 10% dos entrevistados nos 12 meses anteriores a pesquisa, e é indicado como o mais provável a deixar de existir por 60% dos brasileiros. TED (Transferência Eletrônica Disponível) e DOC (Documento de Crédito) aparecem em segundo lugar, com 27% da população apostando em sua extinção – um movimento que parece fazer sentido frente ao avanço do Pix.

Finalmente, um quarto dos brasileiros também acredita que os pagamentos presenciais em agências bancárias ou lotéricas devem deixar de acontecer. Um em cada cinco brasileiros acredita que o dinheiro em espécie deve desaparecer em 10 anos, sendo substituído pelo uso virtual. Ainda que esse cenário pareça improvável para a maior parte dos brasileiros atualmente, 57% apostam que o papel moeda será o meio de pagamento menos comum na próxima década.

Influência digital
Não é só nos meios de pagamento que o meio digital está ganhando força. De acordo com a pesquisa, 55% dos brasileiros já compraram algum produto ou serviço por indicação de influenciadores digitais. A proporção é maior entre aquelas pessoas com maior poder aquisitivo – a chamada classe A – (59%) – e entre a população mais jovem, com idade entre 18 anos e 24 anos (65%).

Os produtos mais adquiridos por indicação dos influenciadores digitais são roupas (49%), cosméticos e maquiagens (42%) e eletrônicos (38%). Mas há uma clara distinção de preferência de acordo com o gênero do comprador: cosméticos e maquiagens são os produtos mais comprados por indicação de influenciadores digitais entre as mulheres (61%); já entre os homens, os eletrônicos são o foco (51%).

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