Pesquisa da Proofpoint aponta que 78% dos principais varejistas no Brasil não estão bloqueando ativamente e-mails fraudulentos que chegam aos consumidores
Faltando poucos dias para o início da Black Friday, a Proofpoint, empresa líder em segurança cibernética e compliance, divulgou pesquisa revelando que mais de três quartos (78%) dos 50 maiores varejistas do Brasil não estão tomando as medidas adequadas para proteger os consumidores contra possíveis fraudes por e-mail e crimes cibernéticos. A análise deste ano revela um ligeiro declínio na proteção geral dos varejistas contra fraudes por e-mail em comparação com o ano passado (76%).
De acordo com o estudo “Quem está comprando?”, realizada pela MindMiners, durante a Black Friday, o e-commerce se destaca com 63% dos consumidores optando por comprar on-line. Já o balanço realizado pelo setor de meios eletrônicos de pagamento da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), também mostrou que os brasileiros irão movimentar cerca de R$ 15,5 bilhões neste ano em compras na Black Friday. Assim, o cuidado com o recebimento de e-mail se torna fundamental.
A análise da Proofpoint se deu com base na classificação da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo e na adoção do DMARC (Domain-based Message Authentication, Reporting and Conformance), um protocolo amplamente utilizado que ajuda a garantir a identidade das comunicações por e-mail e protege os nomes de domínio de sites contra falsificação e uso indevido. Os achados foram os seguintes:
Menos de um quarto (22%) dos varejistas on-line implementaram o nível mais alto de proteção para impedir que e-mails suspeitos cheguem às caixas de entrada dos consumidores (um declínio de 2 pontos percentuais em comparação com o ano passado), o que significa que 78% não estão bloqueando ativamente e-mails fraudulentos de chegarem aos compradores; 20% dos varejistas on-line no Brasil não têm nenhum registro DMARC implementado, um aumento de 10 pontos percentuais em comparação com o ano anterior, quando 30% não tinham nenhum registro DMARC implementado; 34% dos varejistas on-line implementaram uma política de monitoramento (contra 22%), o que significa que e-mails não qualificados ainda podem chegar à caixa de entrada do destinatário; e apenas 24% implementaram uma política de quarentena para direcionar e-mails não qualificados para pastas de spam/lixo eletrônico.
“É encorajador ver que mais varejistas estão começando a adotar medidas para proteger os brasileiros contra fraudes por e-mail nesta temporada de compras”, disse Rogério Morais, vice-presidente da Proofpoint para a América Latina e Caribe. “No entanto, é preocupante ver que um número menor de varejistas adotou o mais alto nível de segurança para garantir que e-mails falsos, que se fazem passar por sua marca, não cheguem aos consumidores. O fluxo de e-mails de marcas que oferecem ótimas ofertas durante o período de compras da Black Friday é um momento oportuno para que os criminosos aproveitem o aumento no tráfego de e-mails e atinjam os compradores com iscas e golpes criativos e convincentes”.