Segundo pesquisa E-commerce Trends 2023, preço e praticidade são os principais motivos pelo crescimento do varejo on-line
Atualmente, 61% dos brasileiros já preferem realizar compras pela internet ao invés de se dirigirem às lojas físicas. Ou seja, em média, três em cada cinco pessoas adquirem algo via on-line, de acordo com o anuário E-commerce Trends 2023, realizado pela Octadesk, em parceria com a Opinion Box, resultado de entrevista junto a mais de dois mil consumidores, visando mapear as tendências que afetarão diretamente os negócios no próximo ano.
“Mais do que nunca, os consumidores demandam comodidade, e os comerciantes correm para oferecer uma maior variedade de produtos e um melhor atendimento”, comentou Rodrigo Ricco, CEO da Octadesk, segundo o qual, “mesmo diante de um cenário positivo, é preciso estar atento às novidades, especialmente para quem quer se aventurar no comércio digital”. Na sondagem, 73% dos entrevistados afirmaram que, nas lojas on-line, é possível encontrar preços mais baixos do que nas físicas, sendo que 72% apontam a praticidade de comprar sem sair de casa como o principal ponto.
Além disso, o estudo indica que as promoções encontradas apenas na internet (69%), facilidade para comparar preços (63%) e maior variedade de produtos (55%) também foram listados. Ricco considera que a experiência de compra está ligada aos principais fatores que influenciam o cliente na tomada de decisão. “Além das questões financeiras, é fundamental garantir uma experiência positiva em toda jornada virtual. O processo de compra precisa ser fácil e prazeroso, buscando oferecer uma boa experiência desde a navegação na loja, a descrição do produto, passando pela agilidade no caso de necessidade de atendimento”.
Frequência das compras digitais
Diante de um cenário de crescimento nas compras on-line, outro destaque é a frequência da prática: mais de 40% dos participantes afirmaram comprar digitalmente mais de uma vez por mês – variando de uma a várias vezes por semana. Além disso, o anuário mostra que os canais de atendimento também influenciam o consumo do público. “Isso acontece porque a qualquer momento o cliente pode precisar entrar em contato com a empresa, seja para tirar uma dúvida, fazer uma reclamação ou oferecer sugestões”, analisou Rodrigo.
O chat on-line foi o favorito com 39%, em seguida apareceu o WhatsApp (28%) e em terceiro, as redes sociais (12%). Segundo destacou o executivo, “de todos os canais citados, os consumidores tiveram menos preferência pelo e-mail, com apenas 5% dos votos. Por isso, é interessante ficar de olho no que está em alta e, principalmente, no que não favorece as estratégias do seu negócio, para manter a competitividade no mercado”.
O levantamento mostra que o e-commerce evoluiu a ponto de minimizar os principais atritos. Com ajuda de tecnologia de realidade virtual e realidade aumentada ou até mesmo com a logística reversa, os segmentos que apresentam melhor performance de vendas no ambiente virtual foram roupas (60%), eletrônicos (49%), calçados (47%), eletrodomésticos(42%) e artigos de beleza (41%). “Investir em preços competitivos, na praticidade e em promoções pode ajudar a fazer com que o seu e-commerce se destaque no nicho de atuação. Assim, é possível garantir que os consumidores escolham e consumam o seu produto ou serviço”, finalizou o CEO.