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Em recuperação judicial, e agora?

Todos estão passíveis a problemas, sejam pessoas ou empresas. Principalmente, em uma fase conturbada como a que o País passa, atualmente, parece que resolver certas questões se torna uma condição mais complicada. E o fator econômico é o que tem trazido maiores dores de cabeça. Uma prova é o fato de que, em julho, o número de recuperações judiciais requeridas por empresas foi 4,2% maior do que o registrado em junho, de acordo com os dados da Serasa Experian de Falências e Recuperações. Se comparar com julho de 2015, houve aumento de 29,6%. Já no acumulado do ano foram expedidos 1.098 pedidos de recuperação judicial. Uma situação realmente muito difícil para as empresas, pois além de procurarem se recompor, ainda há a preocupação sobre o que deve ser feito para não perder clientes.
 Até porque, de acordo com Fábio Astrauskas, CEO da Siegen Consultoria, a principio, um pedido de recuperação judicial não influencia os clientes, desde que se garanta a continuidade no fornecimento de bens/serviços da mesma forma como era feito antes. “É importante que a recuperanda tenha um contato estreito com seus clientes, deixando claro que a qualidade e prazo dos seus serviços/produtos serão mantidos e cumpridos”, diz. Para isso, é importante que a empresa tenha, até mais do que antes, um setor de relacionamento com o cliente bem estruturado, em que terá a responsabilidade de neutralizar o público sobre os possíveis boatos que podem surgir no mercado. O executivo ainda ressalta que manter as obrigações comerciais não só permite que a organização não prejudique os relacionamentos existentes, como é um direito garantido do cliente pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). Tudo deve permanecer igual, “não devendo ocorrer interrupção, a menos que haja desacordo de outras naturezas que não tenham relação com a recuperação judicial”, adiciona.
Por outro lado, a certeza de que nenhuma fidelização ficará abalada nessas condições somente existirá se a empresa tiver, desde a sua formação, a ideia e manter uma comunicação transparente com o cliente. Segundo Astrauskas, ela evita que boatos e situações negativas prevaleçam ante ao relacionamento e na imagem da companhia. “É natural que o cliente fique inseguro nesses momentos, por isso, a transparência é essencial para poder demonstrar que a empresa passa por um momento de dificuldade, mas que, na maior parte das vezes, nada tem a ver com a qualidade de seus produtos/serviços”, afirma.
E mesmo que entre nessa condição, ele aconselha que o empreendedor não desista de estabelecer e manter relacionamentos com os consumidores, esse, aliás, é um passo fundamental que pode permitir que a empresa saia da recuperação e se mantenha estável depois. “A sobrevivência de uma recuperanda está totalmente atrelada em demonstrar aos acionistas, trabalhadores, fornecedores, clientes e financiadores e mercado em geral que mesmo com suas pendências financeiras, ela tem total anseio de cooperar no pagamento de seus credores e total capacidade de continuar ativa operacionalmente e comercialmente.”

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