Marcela Pimenta, Patricia Bueno, Viviam Rosa e Thiago Alves

Empresas e talentos estão se encontrando?

Saber atrair, desenvolver e reter talentos sempre foi um diferencial buscado pelas empresas, mas nunca se necessitou tanto de refinamento e observação pelos detalhes nesses processos como agora. O papel de protagonismo assumido pelas áreas de gestão de pessoas se explica em função de um novo perfil de companhias, acompanhando as mudanças do consumidor e do mercado. Hoje, só atrairão talentos aquelas que forem efetivamente genuínas e verdadeiras em seus valores e souberem se utilizar da tecnologia como um sólido pilar estratégico. Assim, os melhores profissionais estarão nos melhores ambientes, de empresas inovadoras, acolhedoras e inclusivas. Cada um desses detalhes e muitos outros formaram o painel construído ao longo da 4ª edição do programa ClienteSA Gente, levado ao ar, ontem (20), no canal ClienteSA Play. Participaram do encontro on-line Marcela Pimenta, superintendente de gente e gestão do Tribanco, Patricia Bueno, VP Executiva da HUBRH+abprh – Associação Brasileira de Profissionais de Recursos Humanos, Viviam Rosa, diretora de operações da Kainos, Thiago Alves, head de gente e gestão da Vector, e Claudio Vinicius, CEO e fundador da Beejobs.

Depois de explicar o novo nome da associação que dirige, encarada agora como um hub que conecta várias vertentes do segmento de RH, Patrícia iniciou o debate conceituando a chamada nova geração de empresas. Baseada em pesquisas do hub que sondam as tendências no mundo empresarial, ela apontou alguns pilares que caracterizam essas organizações. O primeiro deles é o que chamou de sede por mudanças, como um elemento efetivamente cultural de fazer a diferença no mercado. Em seguida, citou a possibilidade de  pensar em uma atuação de alcance global, o que se torna viável por causa dos avanços da tecnologia, inclusive pela facilidade, hoje, de se contratar profissionais de qualquer parte do mundo. A terceira característica é a mentalidade inovadora e disruptiva, destacando organizações capazes até de, pensando sempre no futuro, desafiar seus próprios modelos de negócios. Por fim, a autenticidade ou posicionamento genuíno em favor dos aspectos que melhoram a sociedade. Tudo isso, resumiu ela, vivendo e respirando tecnologia, seja de que segmento for.

Na sequência, a superintendente do Tribanco lembrou que esse panorama é marcado por transformações que as organizações incorporam a partir das necessidades e transições que ocorrem no mundo. O que tem levado, em sua opinião, a caracterizar essa nova empresa, também, por uma genuína centralidade no cliente, o que demanda três pilares: transformação digital, inovação e cultura. “Para atrair e manter talentos, seja nas empresas em mutação ou nas que já nasceram ágeis e com customer centric, é indispensável levar em conta a cultura ESG na base do walk to talk, com muita coerência entre discurso e ação.” Para Marcela, há ainda outros fatores que entram em cena: pensar na transformação digital sempre como algo a favor de entregar valor aos clientes e, na centralidade do cliente, contar com profissionais dotados de alto nível de empatia, “isto sim algo completamente indispensável”.

Nessa linha, a diretora de operações da Kainos complementou com a importância dos profissionais que, seja nas empresas que estão se reinventando ou nas nascentes, consigam transmitir os valores da organização perante o olhar do cliente. Entre esses princípios, na concepção de Vivian, está o fato de proporcionar a mesma experiência de encantamento para todo tipo de público. O que passa, necessariamente, por uma cultura de inclusão amadurecida dentro da organização. “Não se trata de cumprir metas superficiais nesse sentido, mas sim de contar com profissionais que efetivamente agregam aos clientes e aos propósitos da companhia. Isso se soma ao que já se falou aqui. É o futuro e não tem como se evitar essas questões.”

Por sua vez, a despeito de verificar um atual aquecimento no mercado de trabalho, o head da Vector considera que a empresa irá exercer um magnetismo para os verdadeiros talentos na medida em que estiver entregando mais do que produtos e serviços, mas sim valores. A partir daí, explicou Thiago, as pessoas trabalham com um senso de contribuição, levando o cliente a perceber esse engajamento. Ele vê um nível de igualdade entre as experiências, ou seja, quanto melhor for a do cliente, tanto mais será a do colaborador. “Quanto mais genuíno for o propósito e mais efetivas as ações nessa direção, mais os talentos serão atraídos.” Para ele, essa é a grande mudança de perspectiva nas relações de trabalho que une os profissionais mais ajustados à nova geração de empresas.

Concordando com todas as colocações e, na posição de quem trabalha auxiliando as organizações a vencerem os desafios de orquestrar talentos e objetivos, o CEO da Beejobs salientou o quanto as circunstâncias da pandemia intensificaram as mudanças. Na sua avaliação, as empresas estão tendo de reinventar a maneira como tratam os clientes interno e externo e como recrutam, integram e desenvolvem seus colaboradores. Entre as transformações, incluindo o aprendizado da liderança à distância com o modelo do home office, Vinicius chamou a atenção para o fato de os profissionais também agora se empoderarem na busca pela organização. E esta tem que se tornar atrativa colocando o RH como protagonista das mudanças. Uma inclusão e diversidade que não fiquem apenas no papel, mas faça parte efetiva do mindset da companhia, lembrando que a tecnologia agora também joga papel fundamental no sucesso dessa construção da nova empresa via gestão de pessoas. Os cases reais e exemplos surgidos ao longo do debate, mostrando a dinâmica dessa identificação e atração e formação de talentos para o novo universo dos negócios podem ser conferidos no vídeo disponibilizado, na íntegra, no canal ClienteSA Play. Aproveite para se inscrever.

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