Estudo da KPMG aponta que vivências virtuais precisarão atender às expectativas dos clientes nos moldes do que já é feito no processo de compra física
Com o avanço de tecnologias viabilizadoras, o conceito de metaverso está se tornando um novo espaço de interação entre marcas e consumidores priorizando o consumo e a digitalização. Esse é um dos fatores em destaque no estudo “Go boldly, not blindly, into the metaverse: enabling a new consumer world”, ou “Confiança e cautela no metaverso: novas possibilidades para o consumo e varejo”, realizado pela KPMG, ressaltando, também, que não há uma estratégia única para que uma empresa entre nesse novo conceito. O relatório indica que as organizações devem priorizar a ideia de experiência mais imersiva de compra, reimaginando a vivência do consumidor nesse espaço.
De acordo com o estudo, para ter sucesso, essas vivências virtuais precisarão atender às expectativas dos clientes, assim como já é feito no processo de compra física. No entanto, no metaverso, isso adquire um significado adicional à medida que as empresas vão além de oferecer produtos e serviços para também se tornarem fornecedoras de experiências de compra.
“As oportunidades potenciais do metaverso para varejistas e empresas de bens de consumo parecem infinitas. Por isso, a chegada desse universo desperta uma urgência de participação, mais no que diz respeito aos impactos nas marcas e menos nas formas de execução, visto que ainda estamos desbravando estas possibilidades. Essas instituições estão aproveitando as oportunidades criadas para aumentar a base de clientes, gerar fidelidade e relevância de marca, além de buscar novos fluxos de receita”, analisou Fernando Gambôa, sócio líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e América do Sul.
Na avaliação constante do relatório, ainda que o metaverso já exista há algum tempo, os recursos tecnológicos e a aceitação do consumidor agora estão aumentando. Os clientes estão prontos para gastar dinheiro nesse mundo virtual e, consequentemente, as marcas estão fazendo movimentos ousados e inovadores para atender aos diversos desejos.
“Essa imersão dos consumidores no metaverso, respondendo aos anúncios virtuais e às compras diretas, pode levar a diversas oportunidades para as marcas nesse espaço, já que mais da metade dos clientes se baseia em publicidade e recomendações de mídias sociais para tomarem duas decisões de compras. Por isso, é muito importante que os varejistas e empresas de consumo reflitam sobre os objetivos que querem alcançar no metaverso para fundamentar as estratégias organizacionais e impulsionar o engajamento”, concluiu Gambôa.