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Douglas Pina, diretor-geral de mobilidade da Edenred Brasil

Megatendências ditam o novo mundo da mobilidade 

Mobilidade compartilhada, digitalização e sustentabilidade já representam realidades a serem consideradas

Autor: Douglas Pina 

As novas tecnologias mudam a forma como enxergamos o mundo e os produtos e serviços que consumimos e, além delas, há um fator ao qual precisamos ficar atentos: as megatendências. Nos negócios, é indispensável considerar a relação que elas têm com o mercado global e local, pois são elas que moldam o presente e o futuro. 

Megatendências têm o poder de mudar a forma como as pessoas vivem, além da economia, cultura, tecnologia, entre outros. No caso da mobilidade, há, atualmente, duas grandes: Greener e Smarter. Isto é, nos moveremos, cada vez mais, de forma sustentável e inteligente. E o que isso significa? Podemos separar as duas tendências em mais três: ascensão da mobilidade compartilhada, digitalização e transporte tornando-se cada vez mais sustentável. 

A tecnologia revolucionou a forma como nos locomovemos, com o surgimento de soluções como aplicativo de transporte individual, aluguel de bicicleta, pagamento de transporte público e até de multas de trânsito. Porém, todas essas possibilidades de modais foram surgindo em diferentes plataformas, o que faz com que o usuário tenha de baixar vários aplicativos e acabe não encontrando com facilidade o que gostaria. Dito isso, destaco a mobilidade compartilhada, em que uma pessoa pode usufruir de bicicletas e carros, por exemplo, sem ser dona desses itens. Falo de apps que trazem a mobilidade como um serviço, com diversas possibilidades de modais em uma única plataforma, de forma que o usuário possa analisar a melhor opção para o seu deslocamento, de acordo com o dia, e realizar o pagamento de forma simplificada. 

A segunda tendência é a digitalização, com carros conectados à internet, que funcionam como um hub de dados. Isso tem sido um diferencial na hora da compra de um carro, pois traz uma série de benefícios, como a comunicação bidirecional, que oferece serviços variados para o dono, como acesso a streaming e destravamento automático. Quando trazemos isso para o setor de gestão de frotas, transformamos esses dados em inteligência para o negócio e apoio à tomada de decisão, que inclui ações como ajudar o gestor a identificar qual o melhor momento para realizar a manutenção do veículo, chamar um serviço de emergência e sugerir a melhor rota para abastecimento, entre outras. 

A última, mas não menos importante tendência, é a sustentabilidade, que demanda, cada vez mais, um transporte e mobilidade de baixa ou neutra emissão de gases de efeito estufa. Segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (Seeg), o setor de energia, que inclui o transporte, foi responsável por 13,4% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil em 2020 e 25% das emissões de CO2 globais são provenientes do transporte, segundo relatório apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2018. Trata-se, portanto, de um ritmo de emissões sem precedentes e algo precisa ser feito, já que não temos um planeta B. Quem trabalha no setor de mobilidade precisa ser protagonista em ações que ampliem a conscientização, reduzam, evitem e compensem as emissões de carbono remanescentes.

Imagine um futuro com essas e outras megatendências em curso e a tecnologia ainda mais presente no nosso dia a dia e nos centros urbanos movimentados, agilizando a vida das pessoas e cuidando do meio ambiente. Devemos nos preparar agora, pois, em uma época em que tudo evolui muito rápido, se já é tendência, é também realidade.

Douglas Pina é diretor-geral de mobilidade da Edenred Brasil.

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