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Mateus Brum, head de growth do Guiabolso

Nova cultura na gestão financeira

Se por um lado, o brasileiro ainda possui pouco hábito e cultura para administração das próprias finanças, por outro, também levanta fortes barreiras quando o assunto é expor os dados na busca por orientação profissional nessa área. Abraçando o audacioso propósito de começar uma mudança nesse quadro, em menos de uma década o Guiabolso alcançou uma carteira de seis milhões de clientes utilizando o aplicativo. Dos serviços iniciais para gestão das finanças, a empresa ampliou para a oferta de produtos financeiros e sistemas de pagamentos, rumando em seguida para o mercado B2B com três produtos. Esses detalhes e como a organização faz para garantir segurança e proteção dos dados compartilhados pelos clientes foram apresentados, hoje (07), por Mateus Brum, head de growth do Guiabolso, ao longo da 239ª live da série de entrevistas dos portais ClienteSA e Callcenter.inf.br.

Iniciando o bate-papo falando um pouco da trajetória profissional, o executivo contou que, ainda antes de se formar em Administração de Empresas pela UERJ, já adquiria experiência em estruturação de negócios em startup e aprendeu como buscar o crescimento consistente de uma organização, até chegar ao Guiabolso. “É onde pude sentir a possibilidade de ser mesmo relevante. Boa parte do futuro passa pela tecnologia, que é o que me atrai e, neste empreendimento, podemos aplicá-la ajudando a sociedade de forma significativa.” Segundo ele, a empresa nasceu com esse audacioso propósito de contribuir para a melhoria do sistema financeiro no país. E acredita que a empresa tem conseguido isso de forma exponencial, inclusive porque os brasileiros têm pouca oportunidade para uma educação nesse sentido. “A ideia dos fundadores era fazer consultoria financeira. Mas, nesse trabalho, se depararam com fatores surpreendentes. Muitas pessoas não sabem sequer o quanto ganham de verdade. E, ao perceber coisas desse tipo, o Guiabolso detectou a oportunidade de oferecer visibilidade às pessoas sobre sua real situação nas finanças.”

A partir dessa constatação, de acordo com head, a startup começou a desbravar esse mercado de gestão financeira com apoio tecnológico. Um ano após a fundação, em 2014, já apresentou um diferencial: a agregação bancária, possibilitando, com a autorização do cliente, o acesso ao extrato bancário do mesmo. Com isso, organiza os dados e dá visibilidade sobre o que está ocorrendo com seus recursos. “Um serviço pioneiro no qual utilizamos tecnologia que permite ajudar o usuário na administração do seu dinheiro. Ele vai adquirindo clareza sobre o quanto realmente ganha e como gasta. Tudo de maneira automática e simples.”

Esse caminho apontou para outras vertentes como o oferecimento de produtos financeiros de forma customizada em relação ao cliente e o momento. E citou como exemplos a troca de dívidas mais caras por outras de menor custo financeiro e, também, como investir para maior rentabilidade, etc. Outro braço de atuação do Guiabolso é na parte de pagamentos. “Internamente, até brincamos ao dizer que conseguimos nos antecipar ao surgimento do Pix. Porque, em agosto do ano passado, lançamos um sistema de pagamentos multibancário funcionando inclusive nos fins de semana e feriados.” Mas, além disso, a organização estendeu seus serviços às pessoas jurídicas na área de tecnologia e dados.

Motivado a falar dos números da empresa, ele contou que, atualmente, são 200 colaboradores chamados de “guias”, contando hoje com mais de seis milhões de clientes, aqueles que baixaram o aplicativo e se utilizam das ferramentas e orientações. Já respondendo a uma das questões levantadas pelo público, o head confirmou que o desafio diário enfrentado pela empresa é realmente tranquilizar os prospects sobre a rígida proteção dos dados dos consumidores. Ele explicou que é preciso sempre esclarecer que, apesar de a startup possuir a senha de acesso ao extrato da conta bancária, não consegue movimentá-la. E descreveu o critério adotado de criptografar tudo, que nem mesmo os próprios “guias” conseguem acessar. “Trata-se de um trabalho de educação de longo prazo para que as pessoas confiem nessa parceria e, o surgimento do open banking, vai ajudar muito nisso. É uma quebra de paradigma o consumidor aceitar que especialistas o ajudem a administrar a vida financeira.” Voltando a enfatizar o quanto o Guiabolso preza pela segurança dos dados, ele disse que há profissionais na organização dedicados full time a essa tarefa, inclusive na correta aplicação da LGPD.

Perguntado sobre as estratégias para a mudança de cultura do brasileiro, ele disse que o principal é empoderar o consumidor com informações para que ele tome as decisões mais assertivas. “Buscamos dar clareza para nosso cliente sobre sua vida financeira e oferecer ferramentas para que ele faça a gestão de forma bem dinâmica. Ele pode usar a inteligência artificial e muitos outros recursos, sempre visando o conhecimento para tomada de decisão. Podemos também recomendar produtos que façam sentido para cada tipo de cliente.”

Sobre a presença do Guiabolso no mercado B2B, Brum esclareceu que essa direção veio como consequência natural do propósito ou missão do negócio. Em suas ponderações, indo para o mercado corporativo, a organização consegue melhorar em maior escala a vida financeira dos brasileiros. “Esse braço do Guiabolso começou antes da pandemia, criando o primeiro produto no final de 2019 que foi o Guiabolso Conect. Ele permite o uso da nossa tecnologia de agregação bancária para as empresas. Trata-se da possiblidade de muito mais agilidade no acesso a dados visando, por exemplo, liberação de crédito com mais precisão e rapidez. “Uma imobiliária”, explicou ele, “usando esses recursos, obtém grande economia de tempo e de gente para aprovação de cadastros”. Já em 2020, surgiu o Guiabolso Trend, uma ferramenta de inteligência de dados e pesquisa de mercado para gerar insights às organizações. E, este ano, disponibilizou ao mercado o Guiabolso Open Banking. “Em menos de um ano já conquistamos 19 pessoas jurídicas na carteira.”

O vídeo com o bate-papo na íntegra está disponível em nosso canal no Youtube, o ClienteSA Play, junto com as outras 238 lives feitas desde março de 2020. Aproveite para também se inscrever. A série de entrevistas prosseguirá amanhã (08), Rodrigo Bertoncini, diretor de trade marketing da PepsiCo, que abordará a nova jornada ominichannel; e, encerrando a semana, o “Sextou?” debaterá a experiência do cliente em meio a aplicação da LGPD, com Anahi Llop, head do time jurídico da OLX, Luis Eduardo dos Santos Pinto, gerente de TI e DPO da Valid, e Roberto Felix de Souza, diretor de riscos do Tribanco.

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